Família sofre sem uma resposta exata do que realmente aconteceu. (Foto: Reprodução) |
"A gente nunca espera viver uma
situação dessa, é uma coisa que não sei explicar, um sofrimento misturado com
tristeza, revolta, tudo junto". O desabafo é de Maria Benedita, tia do
recém-nascido de 23 dias que desapareceu do necrotério da Fundação Hospital das
Clínicas Gaspar Vianna (FHCGV), em Belém, Pará, na semana passada.
Nesta
segunda-feira (24), dia em que completa uma semana do sumiço do corpo do bebê,
o caso continua sendo investigado e a família sofre sem uma resposta exata do
que realmente aconteceu. "Continua do mesmo jeito, nada resolvido. Só Deus
sabe quanto tempo vai levar. Por não ter câmeras no hospital, vai ser uma
investigação difícil, nossa confiança está em Deus", desabafa a tia.
Maria
Benedita conta que a mãe da criança resolveu voltar para o interior onde mora,
para ficar mais perto da família. "Esse era o primeiro filho dela e,
provavelmente, ela pode não conseguir ter outro. Ela quis ir embora, ficar mais
perto da mãe, do esposo. É uma tristeza muito grande para todo mundo".
A tia do
bebê vive com o drama de não ter visto o recém-nascido. "O último dia que
a mãe viu ele foi no sábado, ainda vivo e, na segunda, quando chegamos ao
hospital, recebemos a notícia de que ele estava morto. Não chegamos a vê-lo
morto, mas sabíamos que a situação dele era grave", ressalta.
A Polícia
Civil informou hoje que o delegado Walter Resende, presidente do inquérito, vai
intimar nesta semana outras pessoas para serem ouvidas. Entre a última terça e
quarta-feira passada, sete depoimentos sobre o caso foram ouvidos.
Segundo a
Polícia, o delegado está aguardando alguns documentos solicitados ao hospital
para dar continuidade ao inquérito. Ele aguarda ainda resultados de perícias
papiloscópicas (coleta de impressões digitais), feitas pela Diretoria de Identificação
da Polícia Civil, quanto de perícias de local de crime realizadas pelo Centro
de Perícias Renato Chaves.
O trajeto
por onde teria passado o corpo de um bebê que desapareceu no Hospital de Clínicas Gaspar Viana foi refeito por peritos do Centro de Perícias Científicas Renato
Chaves, na tarde da última quinta-feira (20). O procedimento faz parte
do inquérito, instaurado pela Polícia Civil, que apura o
desaparecimento. O prazo para conclusão do inquérito é de 30 dias.
Qualquer
informações que ajudem a esclarecer o caso podem ser repassadas ao fone 181, do
Disque Denúncia.
Relembre o caso:
DOL
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