A ação, batizada de Circuitos, é resultado da investigação conduzida
pela Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos (DRFV)
RAFAELA FELICCIANO/METRÓPOLES |
Desde as primeiras horas desta quinta-feira (19/10), policiais
civis percorreram as ruas do Distrito Federal e de Goiás em uma megaoperação
para desarticular uma quadrilha liderada por integrante do Primeiro
Comando da Capital (PCC) e especializada em roubo de veículos.
Foram cumpridos seis mandados de prisão preventiva e 10 de busca
e apreensão nas regiões de Sobradinho, Santa Maria e Valparaíso de Goiás (GO).
A ação, batizada de Operação Circuitos, é resultado de investigação conduzida
pela Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos (DRFV). Por volta das 6h, todos
os alvos já haviam sido detidos.
Foragido do presídio de
Cristalina (GO) desde 2015, Fernando Henrique de Oliveira Ribeiro é apontado
como o coordenador da associação criminosa. Ele tem integra o PCC na função
de “comando-geral”. Dava autorização para o cometimento de homicídios e
roubos a integrantes que estavam fora das penitenciárias. Fernando
tem dois dois mandados de prisão em aberto.
Confira como foi
a ação da DRFV:
Os investigadores da
delegacia especializada identificaram que Fernando Henrique
tinha outras atribuições, como falsificar documentos públicos e receber os
veículos furtados ou roubados. Após as fraudes, os automóveis
eram revendidos.
O grupo era articulado e organizado.
Existiam equipes responsáveis por cometer os roubos, outros que se dedicavam
à ocultação dos automóveis, principalmente na região de Valparaíso, e os
que adulteravam os sinais identificadores dos carros.
Com
os sinais identificadores adulterados e a documentação falsificada preparada,
chega-se ao fim da cadeia criminosa, em que integrantes realizam a venda dos
veículos a terceiros ou passam a utilizá-los"
delegado-chefe da DRFV, Marco Aurélio
Vergilio
Outros crimes investigados na Circuitos são receptação, adulteração de sinais identificadores, falsificação de documento público, posse ou porte de arma de fogo e associação criminosa. De acordo com a DRFV,o grupo atuava em Sobradinho, Asa Norte, Lago Norte e Santa Maria. Em Goiás, as ações eram praticadas em Luziânia e Valparaíso.
Integrantes da quadrilha
Outro alvo da operação é Lucas
Marques Rodrigues, 19 anos — ele tem histórico de assaltos com uso de arma
de fogo e atuava como receptador. O jovem, que aliciava outros
criminosos para transportarem os veículos roubados, “trabalhava” diretamente
com Fernando Henrique.
Susan Monique Carvalho Silva, 31, que
também entrou na mira da polícia, é companheira de Lucas e auxiliava o grupo
mantendo contato com os criminosos e traçando estratégias de atuação. O lote em
que ela mora era usado para guardar os veículos produtos de crime.
Presos por latrocínio e homicídio,
Diego Felix Rodrigues da Silva, 30, e Fábio Júnior da Silva Ferreira, 33,
cometiam os roubos. Violentos, sempre usavam armas de fogo. As pistolas,
inclusive, eram empregadas em confrontos com integrantes de grupos
criminosos rivais de Sobradinho. O armamento era fornecido por Jardeon
Dias Carneiro, 33.
Os investigados
responderão por associação criminosa armada, que prevê de 1 a 3
anos de reclusão, roubo circunstanciado (4 a 10 anos),
receptação (1 a 4 anos), falsificação de documento
público (2 a 6 anos) e adulteração de sinais
identificadores (3 a 6 anos).
No caso de Fernando
Henrique, novas condenações aumentarão o tempo que ele deverá passar atrás
das grades quando retornar ao sistema prisional. A fuga dele do Presídio de Cristalina ocorreu em 14 de
outubro de 2015. Os suspeitos escaparam pelo telhado da unidade ao
abrir um buraco serrando as grades no teto. Um detento foi preso e outros
cinco capturados em seguida. Fernando Henrique, no entanto, conseguiu
fugir por um matagal.
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