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quarta-feira, 16 de abril de 2014

Morte de estudante dá alerta contra a meningite


Dr. Geraldo Magela ressalta que a única vacina disponível para jovens e adultos não está disponível , pois não é eficiente

A morte da estudante do Ensino Médio Talita Ferreira Gomes, 18, na última semana com suspeita de ter contraído meningite meningocócica, em Manaus, Amazonas, chamou a atenção da sociedade e de órgãos de vigilância para a forma mais fulminante da doença. Ela pode matar em até 24 horas após os primeiros sintomas e causar sequelas graves para o resto da vida de quem resiste à doença.

Mesmo nos casos em que são identificadas e tratadas de forma correta, as infecções meningocócicas podem ser fatais em até 24 horas.
De acordo com o infectologista da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS), Antônio Magela, não há prevenção ou vacina disponível na rede de saúde com garantia de eficiência contra meningite meningocócica e também para a meningococcemia (forma mais grave da doença e as manifestações iniciais são semelhantes às da meningite, excluindo-se a rigidez de nuca).
Ele explicou que a população está exposta às bactérias que podem causar vários tipos de meningites diariamente e em qualquer lugar, sendo que uma parcela significativa acaba ficando vulnerável por motivos ainda desconhecidos.
Imunidade baixa

A vulnerabilidade é intensificada quando a imunidade está baixa e a pessoa não consegue criar barreiras contra a bactéria. Ele explicou que existe apenas uma vacina disponível no mercado, mas é especifica para crianças menores de 5 anos de idade e para idosos que são acometidos pela meningite causada pela bactéria “Haemophilus influenzae”.
Toda criança que recebe o cartão de vacina pouco depois do nascimento recebe a vacina, mas não tem efeito contra a bactéria que acometeu a estudante Talita. Os órgãos de vigilância em saúde aguardam o laudo confirmação da morte da jovem pela doença, embora tenha sido comprovada clinicamente.
Crianças de 6 meses a um ano são as mais vulneráveis ao meningococo porque ainda não desenvolveram anticorpos para combatê-la. No entanto, Magela esclareceu que desde que a vacina contra a Haemophilus influenzae passou a ser obrigatória em crianças, no ano 2000, o índice de meningites reduziu drasticamente.
“A Haemophilus bacteriana acometia muito recém nascido, mas depois da vacina diminuiu. Ela acontece o ano todo, mas tem surto epidêmico. Até porque se tivesse não teria como esconder”, disse.
A única vacina que existe contra meningite para adolescentes e adultos não está disponível porque não tem eficácia garantida. Ela só pode ser disponibilizada, segundo Magela, em caso de epidemia, mas sem comprovação de bloqueio imunológico da bactéria. No Brasil, a última epidemia registrada foi em 1974, quando foi criada a Comissão Nacional de Controle da Meningite.


A Crítica


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