Lojas kolumbia - A sua melhor opção em preços.

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Resistência do povo do Tapajós fez Governo Federal ficar nervoso


Padre Edilberto Sena fala sobre Audiência Pública sobre hidrelétricas no rio TapajósA confirmação da data de uma Audiência Pública na Cidade de Itaituba, no dia 29 deste mês, sobre a construção de sete hidrelétricas na bacia do rio Tapajós, virou motivo de preocupação de membros do Movimento Tapajós Vivo de Santarém. Com a audiência pública marcada, o Governo Federal inicia oficialmente a corrida para licitar, ainda este ano, as primeiras hidrelétricas da Bacia do Rio Tapajós, no Pará, considerada a nova fronteira hidrelétrica brasileira.
A audiência discutirá a Avaliação Ambiental Integrada (AAI) da bacia, que aponta impactos cumulativos dos sete aproveitamentos hidrelétricos identificados na região, que somam uma potência de 14,2 mil megawatts (MW). O objetivo é tentar evitar a repetição dos conflitos que retardaram as obras de Belo Monte, no Rio Xingu, maior usina em construção no país.
A primeira licitação da Bacia do Rio Tapajós está prevista para ocorrer ainda este ano. Será a usina de São Luiz do Tapajós, com potência instalada de 6.133 mil MW. O planejamento do setor elétrico prevê ainda outra usina na região com início de operações até 2020, Jatobá, com potência instalada de 2.338 MW. Juntas, as duas têm capacidade para gerar o mesmo volume de Belo Monte — que, embora tenha potência de 11.233 MW, garante a entrega de 4.571 MW médios durante o ano, 80 MW médios a menos do que a energia firme das primeiras hidrelétricas da bacia hidrográfica do Tapajós.
“Esse processo das hidrelétricas do Tapajós é um fato novo pra sociedade que está desinformada, mas nos planos do Governo Federal está tudo estabelecido. Eles não querem saber se a população concorda ou não. Eles querem é se justificar perante a Constituição que diz que para se fazer uma obra do tamanho de uma hidrelétrica deve ser feito o Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto de Meio Ambiente (EIA-RIMA), Licença Prévia e Consulta Prévia aos povos das áreas atingidas e depois fazer o leilão e, então fazer a desgraça total do rio”, diz o coordenador do Movimento Tapajós Vivo, padre Edilberto Sena.
Para o padre Edilberto Sena, o fato do Governo Federal marcar a Audiência está queimando etapas. Ele afirma que devido a resistência dos povos indígenas Munduruku, dos moradores de comunidades tradicionais e de movimentos sociais, o Governo Federal está ficando nervoso em relação à construção das hidrelétricas do Tapajós.
“O Governo está nervoso porque no Rio Tapajós está encontrando resistência mais firme do povo Munduruku e de alguns movimentos sociais da região, inclusive do Tapajós Vivo”, afirma o religioso. Assista o vídeo da entrevista com Padre Edilberto Sena:







O Impacto

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário