Foi aceito
para publicação no periódico American Journal of Climate Change o estudo de
pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCTI) que
mostra que a urbanização na região de Manaus tem relação direta com o aumento
do número de raios na capital amazonense e no seu entorno.
Estima-se que tenha havido
crescimento de 50% na taxa de descargas atmosféricas na cidade nos últimos 30
anos. A taxa de descargas elétricas em Manaus é de 13,45 raios por quilômetro
quadrado, por ano.
No artigo,
os pesquisadores do Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat) afirmam que o
aumento de 3 graus Celsius na temperatura máxima da área urbana de Manaus em
relação à temperatura encontrada na floresta amazônica ao seu redor é
responsável pelo aumento dos raios.
Estudos do Elat já mostram
que a urbanização tende a formar um cinturão de ar quente ao redor da região
central das cidades, o que favorece o início das tempestades e, consequentemente,
o surgimento de raios.
Manaus está localizada em
uma das três áreas chamadas de “chaminés de raios”, que têm as maiores
incidências desse fenômeno no mundo.
“Isso significa que qualquer efeito observado
nessa região tem influência direta nas atividades dos raios em todo o mundo e,
consequentemente, no sistema climático”, explica o pesquisador Osmar Pinto
Junior, responsável pelo estudo e coordenador do grupo
do Inpe.
As outras duas áreas
consideradas “chaminés de raios” são a África Central e a Indonésia.
*Com
informações da assessoria de comunicação do Grupo de Eletricidade
Atmosférica
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