O Pará é o estado com o maior número de
crianças com até 5 anos de idade sem certidão de nascimento. São 80.829 meninos
e meninas que não existem oficialmente para o Estado brasileiro.
Com isso, elas não podem frequentar escolas, não têm acesso à
saúde pública e
não conseguem benefícios sociais, como o Bolsa Família. Os dados fazem parte de
um relatório feito pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). O
documento mostra que no Brasil, 600 mil crianças são invisíveis, a maioria –
400 mil - no Norte e Nordeste.
O relatório “O Direito ao Nascer de Cada Criança: Desigualdades
e Tendências no Registro de Nascimento” reúne análise estatística que abrange
161 países e apresenta os últimos dados nacionais disponíveis e estimativas
sobre o registro de nascimento. Em 2012, apenas cerca de 60% de todos os bebês
nascidos no mundo foram registrados. As taxas variam de forma significativa de
acordo com as regiões, com os níveis mais baixos de registro civil no Sul da
Ásia e África Subsaariana.
Os dez países com os mais baixos níveis de registo de nascimento
são: Somália (3%), Libéria (4%), Etiópia (7%), Zâmbia (14%), Chade (16%),
Tanzânia (16%), Iêmen (17%), Guiné-Bissau (24%), Paquistão (27%) e República
Democrática do Congo (28%).
Mesmo quando as crianças são registradas, muitos não têm o
documento que confirma o registro. No sul e leste da África, por exemplo,
apenas cerca de metade das crianças registradas têm certidão de nascimento. Em
alguns países, isso ocorre devido a taxas com valores proibitivos. Em outros
países, as certidões de nascimento não são emitidas e nenhuma prova de registro
fica disponível para as famílias.
DIFICULDADES
DIFICULDADES
Diário do Pará
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