O Ministério Público do Estado do
Amazonas (MPE-AM) investiga desde o dia 26 de novembro deste
ano a denúncia de corrupção e crime organizado envolvendo oficiais
instalados no Batalhão Ambiental da Polícia Militar que supostamente
facilitariam o transporte de madeiras ilegais no Estado e ainda a transferência
ilegal de policiais militares que se recusavam a fazer parte do esquema.
Segundo a denúncia, os
sargentos do Batalhão Ambiental Antonio Saraiva Cruz e José Nélio Trindade
Caldas e o oficial da Polícia Militar do Amazonas à serviço da Secretaria de
Segurança, coronel Raimundo Roosevelt da Conceição de Almeida Neves, são
citados como os protagonistas dos crimes.
Eles são acusados de
facilitar o transporte de madeira ilegal de um homem identificado como Altemiro
Leão de Oliveira Filho, empresário do ramo madeireiro e que de acordo com a
denúncia costuma transportar madeira de procedência ilegal e que teria se
envolvido em episódios que culminaram na transferência de um tenente do
Batalhão Ambiental.
Segundo relatos da denúncia
em 2011, o tenente realizou uma abordagem e apreensão de um barco com madeira
de propriedade de Altemiro Oliveira. Na ocasião o coronel Roosevelt compareceu
ao local no carro do infrator privilegiando-se de seu posto de coronel coagiu o
Tenente a fazer a liberação da carga apreendida, fato que não ocorreu, em
virtude da postura firme do Tenente.
Na mesma semana do fato,
devido à influência do coronel Rosoovelt, o Tenente Marcos Pires foi
movimentado do Batalhão Ambiental.
Em abril de 2012, em outra
ocorrência a denúncia fala do envolvimento do major policial militar Márcio
Coelho de Lima que é casado com a irmã de Altemiro Oliveira, que durante a
apreensão de um caminhão de madeira ilegal interferiu na ocorrência retirando
da delegacia o motorista do caminhão antes que fossem lavrados os procedimentos
devidos.
Segundo a denúncia
encaminhada ao MPE, há relatos que os sargentos Antonio Cruz, José Caldas e
Huxlan Mamede Lessa, receberam chips de telefone com os quais avisam Altemiro
sobre os oficiais que estão nas fiscalizações para o transporte das madeiras.
A denúncia argumenta ainda
que o atual quadro de PMs efetivos disponibilizados para o Batalhão Ambiental é
de 51 policiais, número que não é suficiente para a atuação em todo o Estado, o
que influenciaria as práticas criminosas.
A denúncia finaliza
ressaltando que outros policiais militares do Batalhão Ambiental são ameaçados
e confrontados a “jogar no time do Miro”, para não serem transferidos.
PM irá se
manifestar sobre o assunto
Nossa equipe de reportagem
entrou em contato com a Assessoria de Comunicação da Polícia Militar do
Amazonas que informou que os dados e respostas sobre o caso serão repassados
nesta segunda-feira (30), em virtude de ser final de semana e se fazer
necessário consultar vários departamentos.
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