Depois de flagrar uma conversa da
companheira Andreza Salgado de Andrade, 26, em um grupo do aplicativo de
mensagens WhatsApp, o industriário e técnico de informática Alexandro Gomes
Corrêa, 26 anos, a matou estrangulada por ciúmes. Ele manteve o corpo de
Andreza escondido dentro da cama box do casal durante três dias.
O crime aconteceu dentro da residência da família, localizada na
rua 9, quadra 36, do conjunto residencial Viver Melhor, Santa Etelvina, Zona
Norte de Manaus, Amazonas, e chocou os vizinhos que conviviam com a vítima e o suspeito.
De acordo com a polícia, Andreza foi morta às 23h da última
sexta-feira (13) e foi encontrado às 22h de segunda (16) por um amigo do casal
que foi até a casa e sentiu o forte odor do corpo, já em avançado estado de
decomposição.
O que mais impressionou no caso,
segundo a equipe de investigação do 15º Distrito Integrado de Polícia (DIP), é
que o técnico manteve a mulher em cima da cama durante os dois primeiros dias,
dizendo aos quatro filhos que a mesma estava dormindo, e ainda permaneceu no
local.
“Ele disse em depoimento que a deixou na cama pensando que
estava desacordada, mas ao perceber o estado de rigidez do corpo e sentir o
odor, ele resolveu enrolar Andreza em um lençol e depois em um saco plástico e
colocar embaixo da cama box do casal”, disse o delegado plantonista Fabiano
Pignata.
'Ela me agrediu'
Em entrevista à reportagem, o suspeito friamente contou que
havia matado a mulher durante uma briga, motivada por ciúmes.
“Eu fui trabalhar no Distrito há quatro meses e ela começou a
sentir muitos ciúmes, achando que eu tinha outra mulher na fábrica. Eu disse
para ela que não tinha ninguém, mas motivada por uma vizinha, ela começou a se
arrumar e a sair com um homem, que ainda não sei quem é. Eu descobri o caso,
mas mesmo assim eu pedi para esquecermos isso e vivermos bem com os nossos
filhos”, disse.
Ainda segundo ele, no dia do crime a esposa recebeu inúmeras
mensagens no celular – de um grupo no aplicativo – e o mesmo foi questioná-la
sobre o fato. Foi quando a dona de casa teria ficado com raiva, tomado o
aparelho de suas mãos e lhe dado uma tapa.
“Ela me agrediu, veio pra cima e me deu chineladas, além de me
enforcar em cima da cama. Consegui tirá-la (de cima) e comecei a fazer a mesma
coisa, só que ela desmaiou. Pensei que ela estava só desmaiada, mas ela não
acordou”, disse.
Alexandro disse que ficou em casa com os filhos porque sabia que
seria preso assim que descobrissem a morte da mulher. Ele trancou o quarto e
jogava sabão em pó e água sanitária na casa para os vizinhos não desconfiarem
do cheiro. Os policiais militares da 26ª Companhia Interativa Comunitária
(Cicom) realizaram a prisão e acionaram o Instituto Médico Legal (IML)
Uma vizinha que preferiu não se identificar declarou que durante
os três dias, Alexandro saiu de casa normalmente, conversou com os vizinhos e
disse que a mulher tinha viajado para o município de Manacapuru.
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