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sábado, 12 de julho de 2014

Laboratório da Uepa é certificado pelo Centro de Controle dos Estados Unidos

O Laboratório de Pesquisa em Apoio Diagnóstico (Lapad) da Universidade do Estado do Pará (Uepa) tem sido reconhecido como uma referência em triagem neonatal dentro e fora do Brasil. Os testes do pezinho analisados pelo Laboratório foram certificados pelo Centers for Disease Control and Prevention (CDC) dos Estados Unidos, e, além disso, continuarão a integrar o projeto piloto do Ministério da Saúde, que garante o envio de amostras para análise por meio.

Desde 2002, o Lapad faz parte do Programa de Triagem Neonatal de Garantia de Qualidade (NSQAP) do CDC, voltado ao alcance de altos níveis de competência técnica, que inclui treinamento, diretrizes, consultas, ensaios de proficiência e materiais de referência.
O Programa, que desenvolve o controle de qualidade com 67 países, fornece aos laboratórios participantes amostras em sangue seco codificadas para análise. A resposta deve ser enviada ao CDC dentro do prazo estipulado. Se o laboratório não envia a resposta correta, o Programa intervém imediatamente para identificar e resolver o problema.
A partir de uma avaliação, o NSQAP publica relatórios trimestrais sobre o desempenho dos laboratórios, e, no final de cada ano, o CDC prepara e distribui um resumo dos dados e emite um certificado.
Já em 2014, a implantação do projeto piloto de envio de amostras do ponto de coleta ao Lapad, por Sedex, contribuiu para a otimização da triagem. A medida, que duraria dois meses, foi prorrogada pelo Ministério da Saúde até o final deste ano. No Pará, o Lapad é o responsável pela análise dos exames coletados nos 650 pontos autorizados, distribuídos pelos 144.
Com a redução do tempo entre a coleta e o resultado, o projeto possibilita o diagnóstico precoce de possíveis doenças. “Antes o material era enviado pelos municípios, por ambulâncias, pessoas que estariam na cidade ou pelo próprio posto. Se em alguns casos demoravam até 40 dias, hoje, as amostras de municípios mais distantes chegam em três ou quatro, pelo Sedex. Agora, todo o material chega padronizado”, avaliou a coordenadora do Laboratório, Eliete Silveira.
O Pará foi o único estado da Região Norte a fazer parte do projeto. Com a prorrogação do prazo, todos os demais estados estão incluídos. Na Uepa, estuda-se, ainda, a possibilidade de disponibilizar os resultados no site institucional (www.uepa.br). Para a coordenadora, “com a internet, além de diminuir as despesas e o tempo de envio, os postos com os resultados em mãos, já poderão providenciar, imediatamente, o tratamento de possíveis casos positivos”.
O Lapad realiza quatro testes distintos em cada coleta de sangue e, de acordo com a classificação do Ministério da Saúde, encontra-se na Fase III da Triagem Neonatal, que inclui análises da Fibrose Cística, Fenilcetonúria, Hipotireoidismo Congênito e Doença Falciforme.
Até o final do ano, mais dois exames serão incluídos na Triagem, que passará a processar 60 mil exames por mês, já na Fase IV. Esta fase inclui o tratamento e o acompanhamento da Hiperplasia Adrenal Congênita, doença genética caracterizada pela baixa produção dos hormônios Cortisol e Aldosterona, e pelo aumento da produção de hormônios masculinos (Androgênicos), e o acompanhamento da Doença de Biotinidase, também genética, caracterizada pela deficiência da Enzima Biotinidase, importante para o metabolismo da vitamina H, que atua na formação da pele.


Agência Pará


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