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quarta-feira, 16 de julho de 2014

Dois vereadores são presos pelo GAECO em Mato Grosso

Dois vereadores de Nova Ubiratã, Mato Grosso, Reinaldo de Freitas, conhecido por “Freitas”, e José Itamar Marcondes, o “Itamar” foram presos, na manhã desta quarta feira (16), na operação realizada pelo Ministério Público Estadual e Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco). Eles são acusados de chefiarem o tráfico de drogas no município, informa a assessoria da promotoria e foram encaminhados para o Centro de Ressocialização em Sorriso. O vereador Itamar também responderá por porte ilegal de armas. No momento da prisão, o Gaeco encontrou em seu poder um revólver calibre 38. 

Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão. De acordo com o Ministério Público, além dos vereadores mais seis pessoas foram denunciadas e já estavam presas. Elas são acusadas de tráfico de drogas, associação ao tráfico e corrupção de menor. A denúncia inclui, ainda, dois advogados que não estão presos, mas irão responder por coação no curso do processo, ameaça e oferecimento de vantagem indevida para alteração de depoimentos. 

Consta na denúncia, que integrantes do grupo chegaram a oferecer uma quantia de R$ 15 mil para a execução de policiais militares que atuavam no caso. Os acusados, segundo o MPE, praticaram de forma reiterada os crimes de tráfico de drogas previstos no artigo 33 da Lei 11.343/06. Além da venda de entorpecente, eles adquiriram, preparam, transportaram, armazenaram e ofereceram o produto para consumo. A comercialização da droga, conforme o MPE, foi realizada, inclusive, dentro da Cadeia Pública de Nova Mutum e em uma escola da cidade de Nova Ubiratã. 

Os entorpecentes, segundo o Ministério Público, eram adquiridos em Cuiabá e Sorriso e guardados em um depósito que funcionava dentro de estabelecimento comercial, na cidade de Nova Ubiratã. O local era utilizado como ponto de encontro dos traficantes que, sob o pretexto de cortar o cabelo, se reuniam para preparar e combinar a venda dos entorpecentes. Para isso, menores eram cooptados para fazer a distribuição. 

As porções de droga, conforme o MPE, eram embaladas e preparadas em pequenas trouxas amarradas com fio dental e comercializadas a R$ 20,00, R$ 30,00 e R$ 50,00. Existia, ainda, a opção por porções maiores, denominadas “Caixa”, cujo valor era de R$ 200,00. 

Conforme o Ministério Público, a "quadrilha começou a ser desbaratada com a operação Pistolagem em Neve Branca” realizada pela Polícia Judiciária Civil em parceria com a Polícia Militar. Foi constatado, durante as investigações, que a associação criminosa era chefiada pelos vereadores Reinaldo de Freitas e José Itamar Marcondes. Além deles, também foram denunciados Geovane Melo Silva, Alessandro Almeida Miranda, Iago Vinícius de Santos Silva, Neimar Gilberto Sousa Rosa, Walter Djones Rapuano e Antonio Lenoar Martins". 

Outro lado 
O advogado João Carneiro Neto disse, ao Só Notícias, que está acompanhando o trabalho do GAECO. "O que aconteceu e por que da prisão preventiva dos vereadores não tem nada relacionado com a câmara municipal de Nova Ubiratã. As acusações são contra os dois vereadores e não contra o poder legislativo. O presidente da câmara também está se inteirando dos fatos para se posicionar oportunamente quanto as providências que devem ser tomadas na esfera legislativa", declarou.






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