Depois
de quatro dias de protestos, índios da etnia Munduruku desocuparam, na noite de
quarta-feira, 19, o canteiro de obras da usina hidrelétrica de São Manoel,
localizada no rio Teles Pires, na fronteira dos estados do Pará e Mato Grosso.
A manifestação encerrou após reunião realizada entre as lideranças Munduruku, a
Fundação Nacional do Índio (Funai), o Ministério Público Federal (MPF) e
representantes das empresas responsáveis pela obra da usina.
Após
o debate das reivindicações do povo Munduruku foi decidida a saída dos
manifestantes do canteiro de obras, mas de acordo com os indígenas, a
mobilização continua.
Na
manhã desta quinta-feira, 20, cerca de 200 índios Munduruku seguiram no rio
Teles Pires, para visitar as urnas funerárias, em Alta Floresta (MT), que
segundo eles, foram roubadas pelas empresas que estão construindo a
hidrelétrica.
Para
desocupar o canteiro de obras, os Munduruku fizeram as seguintes
reivindicações: Imediatamente a publicação da Portaria Declaratória de Sawre
Muybu, além da identificação e delimitação das terras indígenas Sawre Jaybu e
Sawre Apompu, até outubro de 2017; A Funai deve emitir um parecer desfavorável
à licença de operação da Usina Hidrelétrica de São Manoel; os indígenas exigem
que o governo federal realize a consulta livre e prévia, de acordo com o
protocolo Munduruku, para a construção de qualquer obra que impacta direta ou
indiretamente as aldeias; A exoneração imediata do chefe de serviços de
planejamento da CR Tapajós-Funai, de Itaituba, Raolin Queiroz de Oliveira e o
retorno ao cargo do servidor, Ivanildo Saw Munduruku.
RG 15/O Impacto
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