Clube foi julgado pela Terceira Comissão Disciplinar na tarde/noite
desta quarta-feira (19)
O Dia do Futebol também foi histórico
no STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva). O Paysandu foi réu do
primeiro julgamento por denúncia de homofobia no esporte. A pena do artigo 243G
(relacionado à discriminação) previa até perda de pontos, mas o clube foi
absolvido. Já no artigo 213 (referente a tumulto), o Bicola terá de pagar multa
de R$ 7,5 mil, que deverá ser revertida em cestas básicas. O destino do
material será a APAE, em Belém. O caso ocorreu no dia 30 de junho, após o
empate em 1 a 1 com o Luverdense, dentro da Curuzu, em Belém, Pará, quando uma
torcida uniformizada brigou com a Banda Alma Celeste. A motivação do tumulto
teria sido o fato da Ama Celeste ter apoiado a causa LGBTS.
O julgamento começou com a leitura da
denúncia da Procuradoria Geral do STJD de briga das torcidas por homofobia pelo
Auditor Relator, Jurandir Ramos. O documento conteve, ainda relatos da imprensa
paraense sobre o tumulto. Em seguida, foram mostradas imagens da confusão.
Logo na sequência, o, agora,
vice-presidente jurídico do Paysandu, Alberto Maia, se posicionou diante da
denúncia para apresentar a defesa do clube. O procurador Glauber Navega foi
categórico ao salientar a gravidade do caso e reafirmou que a motivação foi de
origem discriminatória. Integrante da equipe de defesa do Bicola, o advogado
Felipe Macedo, rebateu afirmando que não houve qualquer ofensa direcionada a
jogadores e/ou técnicos do jogo.
O primeiro voto da bancada da Terceira
Comissão Disciplinar foi de Jurandir Ramos, que absolveu o clube da acusação de
homofobia, mas pediu multa de R$ 5 mil, sem perda de mando de campo, por conta
do tumulto gerado nas arquibancadas do estádio. A multa também foi a medida
disciplinar sugerida pelo Auditor Manoel Bezerra, que manteve o valor de R$ 5
mil. Wanderson foi contra o clube e condenou por homofobia, com jutificativa de
ter levado a discussão para dentro da agremiação a partir do momento em que
apoiou a campanha do Governo do Estado contra a discriminação por orientação
sexual.
O restante da bancada seguiu o
pensamento de aplicar multa e absolver o Paysandu. A ideia também foi adotada
pela presidência do STJD, que proferiu decisão de multar o Papão em R$ 7,5 mil,
que deverão ser revertidos em cestas básicas para serem distribuídas para a
APAE, com a presença dos jogadores.
ORM
Nenhum comentário:
Postar um comentário