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quarta-feira, 19 de julho de 2017

Paysandu é absolvido do 'crime de homofobia' e não perde pontos, mas recebe multa

Clube foi julgado pela Terceira Comissão Disciplinar na tarde/noite desta quarta-feira (19)

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O Dia do Futebol também foi histórico no STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva). O Paysandu foi réu do primeiro julgamento por denúncia de homofobia no esporte. A pena do artigo 243G (relacionado à discriminação) previa até perda de pontos, mas o clube foi absolvido. Já no artigo 213 (referente a tumulto), o Bicola terá de pagar multa de R$ 7,5 mil, que deverá ser revertida em cestas básicas. O destino do material será a APAE, em Belém. O caso ocorreu no dia 30 de junho, após o empate em 1 a 1 com o Luverdense, dentro da Curuzu, em Belém, Pará, quando uma torcida uniformizada brigou com a Banda Alma Celeste. A motivação do tumulto teria sido o fato da Ama Celeste ter apoiado a causa LGBTS.

O julgamento começou com a leitura da denúncia da Procuradoria Geral do STJD de briga das torcidas por homofobia pelo Auditor Relator, Jurandir Ramos. O documento conteve, ainda relatos da imprensa paraense sobre o tumulto. Em seguida, foram mostradas imagens da confusão.
Logo na sequência, o, agora, vice-presidente jurídico do Paysandu, Alberto Maia, se posicionou diante da denúncia para apresentar a defesa do clube. O procurador Glauber Navega foi categórico ao salientar a gravidade do caso e reafirmou que a motivação foi de origem discriminatória. Integrante da equipe de defesa do Bicola, o advogado Felipe Macedo, rebateu afirmando que não houve qualquer ofensa direcionada a jogadores e/ou técnicos do jogo.
O primeiro voto da bancada da Terceira Comissão Disciplinar foi de Jurandir Ramos, que absolveu o clube da acusação de homofobia, mas pediu multa de R$ 5 mil, sem perda de mando de campo, por conta do tumulto gerado nas arquibancadas do estádio. A multa também foi a medida disciplinar sugerida pelo Auditor Manoel Bezerra, que manteve o valor de R$ 5 mil. Wanderson foi contra o clube e condenou por homofobia, com jutificativa de ter levado a discussão para dentro da agremiação a partir do momento em que apoiou a campanha do Governo do Estado contra a discriminação por orientação sexual.
O restante da bancada seguiu o pensamento de aplicar multa e absolver o Paysandu. A ideia também foi adotada pela presidência do STJD, que proferiu decisão de multar o Papão em R$ 7,5 mil, que deverão ser revertidos em cestas básicas para serem distribuídas para a APAE, com a presença dos jogadores.



ORM

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