O governo federal autorizou no dia 10 a elaboração
de estudos para a construção de seis novas ferrovias, que somarão 4.676 km.
A expectativa é que empresas interessadas se
candidatem a elaborar as análises sobre a viabilidade das linhas e apresentem
suas propostas, que passarão por uma seleção pelo Ministério dos Transportes.
Depois, esses estudos serão detalhados em projetos e só então começará a
construção.
Dois dos trechos a serem analisados coincidem totalmente com uma proposta
apresentada ao governo em março passado pelo grupo Pirarara, formado por quatro
gigantes do agronegócio: Bunge, Cargill, Dreyfus, Maggi, mais a estruturadora
de negócios Estação da Luz Participações (EDLP).
Conforme revelou o jornal "O Estado de S.
Paulo" à época,elas (empresas) não
só pediram para fazer os estudos, como também se comprometeram a investir na
construção das linhas, o que demandará recursos estimados entre R$ 10 bilhões e
R$ 15 bilhões.
Pela proposta do Pirarara, a principal via de escoamento da produção do Mato Grosso ligará Sinop (MT) ao porto fluvial de Miritituba (PA), de onde a carga seguirá em barcaças até os portos mais ao Norte. A estimativa das empresas é que 40% da produção de grãos e farelo do Estado sejam embarcadas por essa linha, batizada de "Ferrogrão".
Também foi contemplada uma ferrovia entre Sapezal, no oeste mato-grossense, até Porto Velho (RO). É outro trecho sugerido pelas empresas do agronegócio.
"Estamos muito animados", disse o presidente da EDLP, Guilherme Quintella. Ele informou que o grupo vai se candidatar a fazer os estudos. "As prefeituras e os produtores do Mato Grosso estão entusiasmados com a ideia."
De acordo com o Ministério dos Transportes, as linhas entre Sinop e Miritituba e Sapezal e Porto Velho serão estudadas num prazo de oito meses. Para as demais, o prazo é de seis meses. A pasta esclareceu também que não há exclusividade. Ou seja, mais de um grupo pode estudar o mesmo trecho.
Norton Sussuarana, via email por Luís Carlos Tremonte
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