A notícia veiculada na
edição da semana passada do Jornal “O Impacto” sobre o possível fechamento da
gerência regional do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis (Ibama) em Santarém, no Oeste do Pará, repercutiu na Câmara
de Vereadores. Os vereadores Emir Aguiar (PR) e Paulo Gasolina (DEM) temem que
os serviços efetuados em Santarém voltem a ser prestados somente na capital do
Estado.
A informação de que
factóides criados pela presidência do Ibama em Brasília vai resultar no
fechamento do órgão em Santarém partiu de uma fonte ligada aos servidores que
foram alvos de investigação da Polícia Federal. Dentro dos próximos dias, segundo
a fonte, quem precisar dos serviços do órgão em Santarém deverá se dirigir para
a Superintendência em Belém para conseguir atendimento.
Uma briga interna dentro
do órgão teria sido a principal causa do possível fechamento da gerência de
Santarém. Uma das diretorias do IBAMA/BRASÍLIA prestou informações tetralógicas
à Polícia Federal em Belém, noticiando que servidores do IBAMA em Santarém
estariam autuando laranjas para isentar os reais possuidores das áreas
desmatadas. Porém, o documento não soube dizer quem é de fato o laranja, se a
primeira ou segunda pessoa autuada.
Diante das informações
apresentadas pelo IBAMA/BRASÍLIA, o Delegado da Polícia Federal, presidente do
inquérito, solicitou buscas e apreensões à Justiça Federal na residência dos
servidores possivelmente envolvidos em tais ilícitos. Depois da realização dos
mandados de busca e apreensão na casa dos servidores nada de relevante às
investigações e frente ao que dardejou o IBAMA de Brasília, foi encontrado.
Nenhum dos processos dos
supostos laranjas estavam em poder dos servidores investigados, bem como
quaisquer documentos a eles referentes. Segundo a fonte, para uma coisa serviu
a busca apreensão realizada, para aventar que algo de errado havia nas
informações apresentadas pelo IBAMA/BRASÍLIA ao Delegado. Revelou-se, também,
que os alvos da busca e apreensão foram na verdade, ‘boi de piranha’ e ‘bode
expiatório’.
EMIR
AGUIAR ALERTA E DIZ QUE SANTARÉM SOFRE UM RETROCESSO: Para o vereador Emir
Aguiar (PR), Santarém poderá ter um retrocesso por falta de gestão e de
responsabilidade de alguns servidores do Ibama. Ele destaca que o Ibama de
Santarém atende, também, outros municípios da região, onde caso venha a fechar,
poderá penalizar muitas pessoas que precisam dos serviços oferecidos no Município.
“Isso é ruim! Vamos
procurar junto à esfera federal para que essa questão seja reparada e também
para que os funcionários que não estão correspondendo com o serviço público,
sejam trocados, para que o atendimento continue aqui. Vai ser muito dificultoso
as pessoas terem que ir a Belém, para resolver problemas que seriam realizados
aqui”, comenta Emir Aguiar.
O vereador Emir Aguiar
ressalta que serão prejudicados principalmente os trabalhos de fiscalização
ambiental no município de Santarém e, em toda região Oeste do Pará. “Os
problemas a serem resolvidos com as fiscalizações são muitos. Os serviços do
Ibama são importantes durante o período do defeso, assim como no combate a
grilagem e a questão do desmatamento. É necessário que o funcionamento dos
serviços do Ibama permaneçam normalmente em Santarém!”, exclamou Emir Aguiar.
PAULO
GASOLINA DIZ QUE SANTARÉM ESTÁ EM SEGUNDO PLANO: O vereador Paulo Gasolina (DEM)
lamentou o possível fechamento da sede do Ibama em Santarém. “A gente lamenta
profundamente isso, até porque já vinham ocorrendo possíveis irregularidades.
Porém, precisamos que cada vez mais Santarém fique independente, mas o que
observamos é que está voltando pra trás. O que não podemos aceitar é que as
pessoas que têm projetos de manejo a serem liberados ou outro tipo de serviço
tenham que recorrer a Belém”, argumenta Gasolina.
Para ele, problemas
administrativos como o que está ocorrendo no Ibama só acontecem em Santarém,
porque a região ainda não ficou independente com a criação do Estado do Tapajós.
“É por isso que eu digo que a criação do Estado do Tapajós deve acontecer, que
é para que não ocorra uma imagem do Oeste do Pará, como se fosse colocado em
segundo plano. Temos que acompanhar essa situação, para que o mesmo problema
não aconteça com outros órgãos. Isso tudo só está acontecendo porque ainda não
ficamos independentes por meio da criação do Estado do Tapajós!”, diz Paulo
Gasolina.
SILVIO
AMORIM REPUDIA FECHAMENTO DA GERÊNCIA: “Isso é o cúmulo do descaso com
nossa região. Uma briga interna, de facções, causou a interferência da
presidência do Ibama em Santarém. Quem vai sofrer na pele são as pessoas que
dependem do órgão para conseguir liberação de processos. Se a gerência fechar
em Santarém, vamos depender da Superintendência de Belém, ou seja, quem tem
dinheiro para pagar passagem e se deslocar até Belém talvez consiga algumas.
Agora, aquelas pessoas que não possuem um suporte financeiro adequado, vai
penar ou fechar suas portas, a não ser que apele para a clandestinidade”,
declarou o vereador Silvio Amorim (PRTB).
GEOVANI
AGUIAR MOSTRA REVOLTA E INDIGNAÇÃO: Em contato com nossa
reportagem, o vereador Geovani Aguiar (PSC) também fez duras críticas aos
problemas que podem levar ao fechamento da gerência do Ibama em Santarém. “É
lamentável que problemas dessa natureza estejam acontecendo no Ibama em
Santarém. O Município precisa avançar nas questões administrativas e não
retroceder. Caso venha fechar as portas milhares de pessoas que precisam do
atendimento terão que ir pra Belém em busca de atendimento. Se de fato a
gerência do Ibama fechar em Santarém, quem vai achar bom são os vendedores de
quelônios, desmatadores de nossa floresta, traficantes de animais e os
vendedores de peixes proibidos pela Portaria do Defeso. Isso é lamentável!”,
dispara o Geovani Aguiar.
RG 15/O Impacto
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