Na Amazônia, durante o período da
cheia, as onças-pintadas permanecem em cima das árvores durante aproximadamente
três meses do ano. É o que mostra o resultado de uma pesquisa realizada pelo
Instituto Mamirauá que foi divulgada neste sábado (7).
"Esse é um comportamento inédito para grandes felinos, que
precisam de grandes quantidades de alimento todos os dias para sobreviver e que
até agora eram considerados terrestres", afirma o pesquisador
Emiliano Esterci Ramalho, responsável pelo Projeto Iauaretê, que estuda e
promove a conservação da onça-pintada na várzea amazônica
Desde a semana passada, onças estão sendo avistadas diariamente
na copa das árvores da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, no
Amazonas. Não há registros de que este tipo de comportamento ocorra em outras
partes do mundo.
Na opinião do pesquisador, a descoberta tem sérias implicações
para a conservação da onça-pintada e levanta outras questões sobre o
comportamento e a ecologia de grandes carnívoros. "As florestas de várzea,
que foram esquecidas em propostas de conservação para a onça-pintada no
passado, são áreas extremamente importantes para a onça-pintada na Amazônia
porque abrigam um grande número de onças-pintadas, são áreas de reprodução da
espécie, e também porque os animais que vivem nessa região da Amazônia tem uma
ecologia única. Aumentar o número de áreas protegidas na várzea pode ser
crucial para a sobrevivência das onças-pintadas na Amazônia".
DOL com informações do Instituto Mamirauá
Nenhum comentário:
Postar um comentário