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quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Pará tem 12% da população analfabeta

Metade da população que vive no município de Melgaço, na Ilha do Marajó, cerca de 290 Km da capital paraense, ainda não sabe ler nem escrever. O analfabetismo é um dos maiores problemas apontados por um grupo de pesquisadores e ativistas voltados para a educação pública na Amazônia. De acordo com a advogada Flávia Marçal, coordenadora do dossiê elaborado pela Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH), o Pará tem 12% da população ainda analfabeta, sendo o quarto Estado da região Norte, considerando pessoas com idade maior ou igual a 15 anos, segundo dado de 2009 do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).

Treze pesquisadores participaram do trabalho que analisou, durante dois anos, alguns municípios, incluindo Santarém, Belém, Belterra e Barcarena. Um dossiê elaborado ao fim desse trabalho reúne desafios e soluções no livro “Direito Humano à Educação na Amazônia: Uma questão de justiça”.
O grupo investigou e avaliou, a partir de dados de institutos de pesquisa, alguns critérios, levando em consideração pontos previstos na constituição federal, como o analfabetismo, qualidade na educação, acesso e permanência na escola, financiamento na educação, gestão democrática e diversidade sexual e racial.
“Observamos que, nos últimos 20 anos, houve uma queda drástica na educação pública do Estado e infelizmente ficou conhecida como de péssima qualidade. O que nos preocupa é que, por trás desses números, existem professores, alunos e outras pessoas envolvidas no processo educacional”, afirmou Flávia Marçal.
Segundo ela, a análise foi feita de várias comparações, partindo do Brasil em relação ao mundo, entre todos os estados do país, aqueles que compõem a Amazônia e, por último, uma comparação entre si. 
A advogada diz ainda que o analfabetismo permeia todo o trabalho apresentado na tarde de ontem, no auditório João Batista, da Assembleia Legislativa. O dossiê transformado em livro apresenta ainda vários artigos, todos propositivos de soluções para a realidade da educação pública na Amazônia.
O deputado Carlos Bordallo (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos da AL, afirmou que, a partir da assinatura de uma carta de compromisso, os debates das leis orçamentárias terão uma atenção maior para efetivamente garantir que os recursos sejam ampliados e melhor distribuídos.
Em nota, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) informou que “desenvolve um conjunto deações para melhorar os índices da educação pública do Estado do Pará. A principal delas é o Pacto pela Educação do Pará, que pretende aumentar o Índice da Educação Básica (Ideb) em 30% no período de cinco anos”, disse a secretaria. “Além disso, o governo do Estado assinará, ainda neste mês, um projeto com o Banco Interamericano do Desenvolvimento (BID), que investirá 200 milhões de dólares na educação pública do estado. Desde 2011 até agora, foram realizadas 504 obras em escolas da rede estadual de ensino. Deste quantitativo, já foram concluídas e entregues 235”, completou a nota.
Enquanto isso, Jatene passeia no Qatar
Em matéria divulgada pela Agência Pará, o governador Simão Jatene aparece em encontro com autoridades do Qatar sob a justificativa de “liderar” uma missão que participará, durante dois dias, da World Innovation Summit for Health - WISH, Cúpula de Inovação Mundial de Saúde, que acontece em Doha, capital daquele país. Sem qualquer resultado prático até o momento e nenhum projeto de relevância firmado em benefício do Pará, Jatene tem se dedicado a mergulhar no universo da cultura árabe, como fez na visita programada ao Museu de Arte Islâmica, situado às margens da baía de Doha, de frente para o Golfo Pérsico. O espaço foi projetado pelo arquiteto chinês Ieoh Ming Pei, e segue a linha e a forma das construções islâmicas. Pei é um dos grandes arquitetos do mundo, criador dos projetos do Banco da China em Hong Kong, do Memorial Kennedy, em Boston, e da ampliação do Louvre, em Paris.
O Museu de Arte Islâmica abriga coleções de artefatos, manuscritos, papiros, apetes e cerâmicas originários do Egito, Irã, Turquia, Índia e Ásia Central.
No final da visita, na companhia da oordenadora do Pro Paz, Izabela Jatene, pela secretária adjunta da Saúde, Heloisa Guimarães, e por Jorge Werthein, representante da Fundação da Sheikha Mozah bint Nasser Al Misned, o governador presenteou o museu com livros sobre o Pará e sua diversidade.


Diário do Pará


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