O caseiro boliviano Frank José
Fernandes Moreno, 55, foi encontrado morto e degolado por volta das 13h deste
domingo (19) na quitinete onde passava os finais de semana em Manaus, em uma
vila da rua Azaleias, bairro Jorge Teixeira 1, na Zona Leste. Frank trabalhava
durante a semana em um sítio na estrada AM-010 (Manaus-Itacoatiara) e vinha
para a capital aos sábados e domingos.
Segundo vizinhos, a vítima
passou a última noite bebendo com o namorado e mais dois amigos. “Ele morava
por aqui há uns 20 anos. Trabalhava no sítio e vinha para cá para curtir. À uma
hora dessas, ele já estaria se arrumando para voltar ao sítio”, disse o vizinho
João Antônio de Souza, 46. O corpo da vítima foi encontrado com marcas de
paulada na cabeça e de degolamento no pescoço.
“Eu que liguei pro cunhado
dele, o ‘seu’ Dino, que é dono dessa vila. Aí o Dino veio e encontrou o corpo”,
contou a vizinha Angela Nunes Coelho, 39. “Às vezes eu descia de madrugada e
encontrava-o com dois ou três homens se agarrando. Ele chegou ontem de noite e
passou a noite bebendo com amigos. Ele era uma pessoa boa. Não ouvi barulho
nenhum, porque choveu muito. Mas os cachorros daqui passaram a noite latindo”.
“Ele estava caído no chão,
mas não vi se foi uma faca. Ele passou os últimos seis meses no sítio e só veio
ontem (sábado). O problema dele era a bebida. Ele bebia muito. A gente brigava
tanto com ele por isso. Ele saía e só chegava bêbado”, disse o cunhado da
vítima, Bernardino, o “Dino”, 72. “O namorado pegava dinheiro com ele. Qualquer
dinheiro que ele (namorado) quisesse, o Frank dava”, relatou “Dino”.
A polícia fez perícias no
local do crime e o corpo foi levado pelo Instituto Médico Legal. O namorado da
vítima, conhecido como “Cacá” ou “Cacheado”, com idade estimada em 35 anos, e
os dois amigos, que passaram a noite com Frank, foram levados para prestar
esclarecimentos na Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS),
que investiga o caso. O velório aconteceu na noite deste domingo na Igreja
Santa Maria Goretti, rua das Orquídeas, Jorge Teixeira 1.
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A Crítica
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