Os presos do Pavilhão A, da Central de Custódia de Presos de
Justiça (CCPJ), unidade do Complexo Penitenciário de Pedrinhas (MA), tentaram,
por duas vezes, se amotinar ontem (16). Os presos que estão no pavilhão fazem
parte da facção Bonde dos 40 – que disputa o controle do complexo com o
Primeiro Comando do Maranhão (PCM). A CCPJ de Pedrinhas tem capacidade para 160
presos, mas abriga 370, ou seja, 210 a mais.
Segundo
a Secretaria de Justiça e Administração Penitenciária (Sejap), as causas dos
motins são a superlotação e a presença do Batalhão de Choque, do Grupo Especial
de Operações Penitenciárias (Geop) – ambos da Polícia Militar – e da Força
Nacional dentro do presídio.
As duas tentativas de motim, ontem – uma no começo da tarde e
outra à noite –, foram controladas pelas forças policiais. Ninguém ficou
ferido.
Na primeira, que começou às 13h30 (14h30 nos estados que têm
horário de verão), as grades de seis celas foram serradas e tiveram os cadeados
danificados. Foram utilizadas balas de borracha para conter o tumulto.
Numa
revista feita pelo Choque após a tentativa de motim, foram encontrados nas
celas do Pavilhão A um telefone celular, um carregador, quatro “chuços” (arma
branca artesanal), um revólver calibre 38 e 26 munições para a mesma arma.
Às 19h30, o Choque, o Geop e a FN deixaram o presídio, mas
tiveram de voltar pouco cerca de uma hora depois, para controlar novo tumulto
na mesma CCPJ, reforçado, pouco depois (22h) por uma manifestação de familiares
dos presos, que chegaram a interditar o tráfego na BR-135 – única via de
entrada e saída da Ilha de São Luís e onde está localizado o Complexo
Penitenciário de Pedrinhas.
A situação só se normalizou às 22h30, quando os presos se
acalmaram e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) liberou o tráfego na BR.
Hoje (17), a PM e a Força Nacional reforçaram a segurança em
Pedrinhas.
Jornal Pequeno
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