A família de um juiz de Direito que atua em Cuiabá, Mato Grosso, foi
vítima de um assalto na última terça-feira (28), no condomínio horizontal
Belvedere, na região Sul da Capital.
Três bandidos armados mantiveram cinco pessoas da
família amarradas por cerca de duas horas, enquanto roubaram joias - entre eles
um anel de formatura com rubi, uma aliança com dez diamantes e um anel H. Stern
- e equipamentos eletrônicos. Segundo o aposentado, os ladrões entraram no condomínio por uma manilha, que fica em frente à sua casa, utilizada para escoamento de água.
As vítimas foram J.L.G, I.G., C.H.G., A.C.G. e H.B. Entre elas, a esposa do magistrado.
Segundo o Boletim de Ocorrência da Polícia Civil, ao qual o MidiaNews teve acesso, o sogro do juiz, um aposentado de 64 anos, desceu as escadas do sobrado e foi até a cozinha, para tomar seus remédios diários, quando foi surpreendido pelas costas. Um dos bandidos lhe aplicou uma “gravata”.
O aposentado, percebendo que o bandido era “magrinho”, reagiu e tentou dominá-lo, mas foi surpreendido pelos outros dois homens armados, que o mandaram deitar no chão e perguntaram quantas pessoas haviam na casa.
Segundo o aposentado, além dele estava sua esposa, duas filhas e sua sogra.
Com a movimentação, o aposentado deu um grito e sua esposa desceu até a cozinha, preocupada, porque o marido já sofreu um ataque cardíaco.
Os bandidos então disseram que sabiam da existência de um cofre e de joias. O aposentado negou, e disse que não havia cofre e poucas joias na casa.
Segundo o B.O., os bandidos amarraram o casal com cabos de energia e panos e, por várias vezes, apontaram armas para suas cabeças.
Neste meio tempo, a sogra do aposentado chegou à cozinha, porém, devido a idade avançada, e a incompreensão do que estava ocorrendo, não foi perturbada.
Dois homens subiram as escadas, renderam as filhas do aposentado, as amarraram e as trancaram na dispensa. Em seguida, eles reviraram a casa em busca de joias e objetos de valor.
Segundo o aposentado, os ladrões insistiam que havia um cofre na residência, pois haviam recebido informação a respeito.
Ao longo do assalto, os bandidos receberam várias ligações em seus celulares. Um deles chegou a dizer “amorzinho, eu estou trabalhando no Belvedere” e, em seguida, afirmou “eu não estou drogado”.
Em outra ligação, um bandido disse "que a informação recebida (sobre joias) era furada".
Os homens também falavam que tinham subornado o porteiro do Belvedere e precisavam de R$ 200,00 para entregar a ele. Segundo o Boletim de Ocorrência, apenas depois do assalto o aposentado soube que os homens entraram pela manilha de água.
Fim do assalto
Após os homens subirem as escadas, minutos depois houve um silêncio. Enquanto isso, o casal conseguiu se desamarrar e quando verificaram, a casa já estava vazia. Ninguém ficou ferido.
No total, os homens levaram dois notebooks, um relógio de pulso, 300 dólares, 400 euros, três celulares, máquinas fotográficas, um anel de formatura com rubi, um brinco de rubi, uma aliança com dez diamantes, um anel H. Stern, várias unidades de perfumes e tequilas.
Câmeras de segurança do Belvedere, analisadas depois do assalto, registraram os vultos dos bandidos entrando e saindo da manilha.
O aposentado também informou à polícia que soube posteriormente que um funcionário da CAB, concessionária de água e esgoto da Capital que estava próximo do local, conseguiu anotar a placa de um carro, possivelmente utilizado para a fuga dos bandidos.
Mídia News
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