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quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Advogados tentam transferir goleiro Bruno para Apac de Nova Lima


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Os advogados do goleiro Bruno Fernandes, condenado a 22 anos e três meses de prisão pela morte de Eliza Samudio, tentam transferir o detento da Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, para a Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (Apac) de Nova Lima, na Grande BH. O advogado Francisco Simim entrou com o pedido por
dois motivos: acreditando que o modelo da Apac é mais adequado para Bruno e tentando facilitar a aproximação dele da esposa, Ingrid Oliveira, que tem uma casa em Nova Lima. De acordo com o defensor, a solicitação ainda aguarda decisão do juiz da Vara de Execuções da cidade.

Esse foi o primeiro passo na defesa do goleiro dado pela equipe de Simim, que assumiu o caso com exclusividade, em dezembro de 2013, depois que Bruno destituiu o advogado Lúcio Adolfo da Silva.

Simim negou qualquer relação dessa transferência com um possível acerto do jogador com o Vila Nova, mas a assessoria do clube informou que os defensores entraram em contato no fim do ano passado pedindo para Bruno treinar com o time. A diretoria do Vila não se interessou pela proposta porque já havia renovado com o goleiro Tiago Braga e contratou o jogador Braz, também para a posição. O Vila mantém a posição e reafirma que não tem interesse em Bruno.

Modelo Apac

A Apac é uma entidade civil de direito privado dedicada à recuperação e reintegração social dos condenados a penas privativas de liberdade. Amparada pela Constituição Federal para atuar nos presídios, possui seu Estatuto resguardado pelo Código Civil e pela Lei de Execução Penal. A unidade de Nova Lima completou 10 anos em 2013. O modelo de detenção tem objetivo de promover a humanização das prisões, sem perder a finalidade punitiva da pena.

O principal propósito é evitar a reincidência no crime e oferecer alternativas para o condenado se recuperar. Os presos são chamados de “recuperandos” e recebem assistência espiritual, médica, psicológica e jurídica prestadas pela comunidade. A segurança e a disciplina são feitas com a colaboração dos “recuperandos”, tendo como suporte funcionários, voluntários e diretores das entidades, sem a presença de policiais e agentes penitenciários.





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