A Polícia Federal prendeu, no
início da noite desta quinta-feira (30), cinco os índios suspeitos de
sequestrar e matar três homens na Transamazônica, na reserva indígena
Tenharim-Marmelos. A equipe está em deslocamento do município de Humaitá (590
quilômetros de Manaus, Amazonas), para a Superintendência da Polícia Federal em Rondônia,
para onde os indígenas serão levados para a realização de todos os
procedimentos.
Segundo informações da Polícia Federal, a
equipe está na estrada BR-230 (Trânsamazônica) a caminho de Porto Velho (que
fica a 205 km de Humaitá) e
ainda não há uma previsão de horário para que eles cheguem a PF-RO. Apesar do
desaparecimento ter acontecido no Amazonas, as investigações foram lideradas
pelas superintendências da Polícia Federal do Acre e de Rondônia, já que o
acesso a Manaus é mais difícil e mais longe de onde aconteceu o suposto crime.
As prisões ocorreram
durante a grande operação força-tarefa, que contou com apoio de helicópteros e
a presença do superintendente da PF de Rondônia, na região da aldeia Tracuá, na
reserva indígena Tenharim-Marmelos, em Manicoré, no Amazonas.
Informações preliminares dão conta de que os
corpos do professor Steff Pinheiro de Souza, do funcionário da Eletrobrás
Amazonas Energia Aldeney Ribeiro Salvador e do representante comercial Luciano
Ferreira Freire, 30, não foram encontrados, mas teriam sido jogados em um rio.
Os três desapareceram no dia 16 de dezembro, quando viajavam de carro de
Humaitá para Apuí, no Sul do Amazonas, pela rodovia Transamazônia. O
sumiço ocorreu no trecho que corta a reserva indígena Tenharim Marmelo, a cerca
de 100 quilômetros de Humaitá.
As prisões são resultado de
uma série de depoimentos coletados pela força-tarefa com índios tenharim e
jiahui para elucidar o crime.
Investigações
duraram mais de um mês
O inquérito foi instaurado
dia 19 de dezembro e logo após o delegado Alexandre Alves que assumiu o caso
dia 27 de dezembro, assumiu as investigações onde mais de 100 pessoas já haviam
sido ouvidas pela Polícia Federal.
Ao Portal ACRITICA o
delegado disse que essa era uma investigação muito complexa e que os
depoimentos e as buscas se complementavam.
“Um mês é um prazo curto
para uma investigação como essa, temos uma linha de investigação que segue com
várias possibilidades. Fizemos várias oitivas, o inquérito foi instaurado dia
19 de dezembro, o resultados das buscas ajudam a complementar a investigação”,
explicou Alves.
Procedimentos
A balsa de travessia no rio
Madeira, que liga Humaitá ao Apuí, na BR-230, foi fechada nesta quinta-feira
(30) pela Polícia Rodoviária Federal e só será reaberta na manhã desta
sexta-feira (31).
A Crítica
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