Petrobras reajusta o preço da gasolina em 2,7% e o do diesel em 4,4%
A Petrobras autorizou ontem novos reajustes de
4,4% no preço do diesel e de 2,7% na gasolina. O anúncio ocorreu menos de 24
horas depois de a estatal ter autorizado reajustes de 0,8% e 4,2% no preço
desses mesmos combustíveis respectivamente. Com os novos reajustes, segundo o
Departamento de Estatística e Estudos Socioeconômicos do Pará (Dieese/PA), a
alta acumulada no preço da gasolina neste início de setembro já alcança cerca
de 7% e do diesel chega a mais de 5,00 %. Estes novos aumentos entram em vigor
a partir de hoje.
Segundo
a Petrobras, os reajustes ocorrem por causa da disparada no preço do petróleo
nos Estados Unidos, devido ao fechamento de refinarias no Texas em função da
passagem do Furacão Harvey. O impacto desses aumentos para o consumidor final
no Pará vai depender de uma série de fatores, entre os quais, os repasses das
distribuidoras e as margens de comercialização dos postos de combustíveis.
Pela
nova dinâmica de preços dos combustíveis da Petrobras, em vigor desde julho
deste ano, os aumentos poderão ocorrer até diariamente. Nesse período, a
Petrobras anunciou reajustes e reduções de preços, os aumentos foram de
imediato repassado aos consumidores finais. Já as reduções tiveram uma outra
dinâmica, chegando ao consumidor final de forma muito lenta e, muitas vezes, em
percentuais bem aquém do estimado inicialmente pelo Governo.
Segundo
análise do Dieese/PA, altas nos preços dos combustíveis, principalmente do
diesel, têm efeito dominó na economia. No caso específico do Pará, essa
situação, dependendo do tamanho do repasse, deverá trazer novos impactos nos
preços, principalmente da alimentação básica, em função de aumentos nos preços
de fretes e na inflação. O Dieese/PA vai continuar acompanhando com pesquisas a
trajetória dos preços dos combustíveis.
SINDICATO
Em
face ao estudo divulgado ontem pelo Dieese-PA sobre o preço do diesel e da
gasolina, o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás
Natural e Biocombustíveis e Lojas de Conveniência do Estado do Pará
(Sindicombustíveis-PA) informou que atua, de forma continua, para esclarecer a
população sobre os motivos dos diversos aumentos de combustíveis.
No
último mês, donos de postos de combustíveis de 24 estados, apoiados pelos
sindicatos, iniciaram uma campanha para mostrar a insatisfação com o aumento da
carga tributária que incide sobre os combustíveis e à população o quanto os
tributos cobrados incidem diretamente no preço de cada litro de combustível.
Hoje,
cerca de 50% do valor do litro da gasolina corresponde ao pagamento de
tributos, distribuídos da seguinte forma: ICMS-PA, R$ 1,07; PIS/Cofins, R$
0,79; Cide, R$ 0,10, totalizando R$ 1,996. O sindicato ressaltou que todos
esses tributos se submetem ao regime de substituição tributária, onde não cabe
ao posto revendedor fazer o recolhimento aos cofres públicos, o qual é
efetivado pelas distribuidoras, não havendo, portanto, que se falar em
sonegação de tributos pelos postos Revendedores.
De
acordo com o Sindicombustíveis-PA, a responsabilidade das recorrentes
alterações de preços é o reflexo da nova política de preços da Petrobras, que
nos últimos 60 dias já fez mais de 44 reajustes, observando a variação
internacional do preço do petróleo, o que passou a ser praticamente diário.
O Liberal
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