A estudante Maria Gabriela Tomé, de 17 anos, foi
morta a pancadas, por volta das 3h de sexta-feira (8), em um posto de gasolina
na rua Coronel Jose Rufino Freire, em São Domingos, na zona oeste de São Paulo.
De acordo com testemunhas, Maria estava no posto de
gasolina e foi agredida por cinco mulheres. Ela foi socorrida por um motorista
que abastecia no local ao pronto-socorro, onde morreu.
Ainda segundo testemunhas, a vítima havia mantido
um relacionamento com um rapaz casado. Ele morreu há poucos meses, supostamente
de overdose, quando estava junto da garota assassinada anteontem. Depois disso,
a menina se tornou alvo de ameaças.
No momento do crime, Maria Gabriela estava
acompanhada de outra adolescente e um adulto. Segundo testemunhas, a
intensidade das agressões deixou a vítima quase irreconhecível. Uma amiga disse
só ter identificado a garota pelo formato largo da boca.
Suspeita
A polícia suspeita que a mulher do rapaz morto
seria uma das autoras do crime. Ela e uma amiga, que também teria se envolvido
no assassinato, foram identificadas.
O caso foi registrado como homicídio no 33º DP
(Pirituba). A jovem foi enterrada ontem de manhã em Perus, na zona norte.
Dor e medo
“Bateram muito mesmo”, resumiu o irmão da vítima.
Segundo ele, a mãe está “abalada”, chora e passou a maior parte da tarde de
ontem deitada. Ele diz que a principal suspeita do linchamento, a mulher que
teria sido traída, conhece a família – é filha de uma antiga cuidadora dele e
da irmã na infância.
Com mais de 1,70 metro e cabelos escuros, longos e
encaracolados a garota é descrita na vizinhança como alegre. “Conheço desde
bebê. Sempre passava sorridente, cumprimentando todo mundo na rua”, comentou
uma moradora. “Nunca vi bater boca com ninguém. É revoltante, uma covardia. Nem
bicho faz o que fizeram com ela.” Vizinhos evitavam dar mais detalhes, com medo
de eventuais represálias.
A jovem havia feito 17 anos na última segunda.
“Parece que foi despedida, sei lá. Não acredito no que fizeram. Ninguém merece
uma morte dessa”, diz uma amiga próxima. “Minha filha não para de perguntar
onde ela está. Falo que foi para um lugar melhor. Mas não pode ficar assim: tem
de ter justiça.”
Ameaças no Facebook
A vítima estudava, mas deixou de frequentar o
supletivo porque a escola ficava na comunidade onde morava a autora das
ameaças. Na página do Facebook da garota, ainda há dois comentários com
intimidações.
“Está preparada para as consequências? Seus passos
de hoje em diante serão rastreados”, escreveu uma usuária. Outra mensagem do
mesmo perfil: “Então vamos nos falar, né, porque está chegando a sua hora.”
Alerta Rondônia
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