Na manhã desta
quarta-feira, 12, por volta de 10h30, o Ministério Público Estadual (MPE)
iniciou no Fórum de Santarém, Pará, mais uma Audiência Pública sobre o crime
ambiental na grande Área do Juá. Participam do encontro, lideranças comunitárias,
ambientalistas e profissionais ligados ao meio ambiente.
A audiência é
proveniente das ações movidas pelo MPE contra a empresa SISA/BURITI, diante da
agressão imposta ao Meio Ambiente no ano de 2012. Membros da Sociedade Civil
Organizada que estiveram atentos aos direcionamentos relacionados a este caso,
também estão presentes.
Há cerca de duas semanas
o Lago do Juá foi afetado terrivelmente pelas águas da chuva do dia 29 de
janeiro que percorreram a área carregando barro e entulhos do Residencial
Salvação, do programa “Minha Casa, Minha Vida”, passando pelo local desmatado
pela SISA/BURITI até o Lago do Juá e Rio Tapajós.
“Uma situação triste
para uma cidade tão bonita, acolhedora e promissora. Quem vai resolver a tal
situação?”, questiona a ativista Fabíola Pinheiro.
Para o Movimento Salve o
Juá, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SEMMA) atuou somente sobre o
“Minha Casa, Minha Vida” e jogou a ‘bola’ do caso SISA/BURITI para a Secretaria
de Estado de Meio Ambiente (SEMA), a qual até o momento não colocou a ‘cara’ na
janela.
“Antes do acontecido,
não deram a devida atenção no processo de proteção ao Lago do Juá. Ficaram
protelando as decisões sobre a área que criminosamente deixou o lago
desprotegido, para que a empresa em questão não fosse tão prejudicada, diz
Fabíola.
No meio de toda essa
confusão e jogo de culpa, segundo ela, o Lago continua em risco eminente. “O
que foi ruim pode ficar pior, pois não dá para fazer previsões de como será
a intensidade das próximas chuvas sobre a cidade. Apesar de não ter
competência para tomar algumas decisões sobre o caso SISA/BURITI, a SEMMA
Municipal pode e deve cobrar da SEMA Estadual medidas emergenciais, ações e
punições”, dispara.
RIO TAPAJÓS: Segundo o
Movimento Salve o Juá, quase 2 mil pessoas já assinaram a Petição Pública ao
governador do Pará, em apenas 3 semanas, via internet e nas listas em papel,
pedindo providências contra a contaminação do Rio Tapajós, um dos maiores e
mais belos rios da Amazônia, ameaçado pela mineração e pelas hidrelétricas em
construção no Oeste do Estado.
O Movimento afirma que
são mais de 600 mil pessoas sob ameaça de doenças, cardumes afetados, belezas
naturais sujeitas à lama dos garimpos e da mineração industrial. “Ajude nesta
reta final, assine a Petição que será entregue ao governador do Pará dentro de
uma semana”, diz em nota, o Movimento Salve o Juá.
RG 15/O
Impacto
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