Nenhum tipo de automóvel consegue chegar à balsa sobre o
Rio Madeira em Abunã, distante cerca de 220 quilômetros de Porto Velho, desde a
noite de quinta-feira (20). A BR-364 está interditada inclusive para carretas
que fazem o transporte de gêneros alimentícios, gás de cozinha e combustíveis
desde Porto Velho até o Estado do Acre. Esta é considerada a marca
histórica do nível do rio, que chegou, nesta sexta-feira (21), a 18,01 metros,
segundo aferição da Defesa Civil do Estado. Há 30 dias, não há sinal de
estabilização ou diminuição da cota, que aumentou 45 centímetros em menos de
uma semana.
Até a noite de quinta-feira (20), o
tráfego de veículos de pequeno porte era permitido com auxílio de guinchos, e
carretas poderiam passar até o final do dia. A interdição total foi feita nesta
sexta-feira pela PRF, segundo informou o inspetor Ribeiro, da Polícia
Rodoviária Federal. "Foi por medidas de segurança mesmo, em proteção aos
veículos, passageiros, e para garantir a integridade do piso (asfalto), que
corre sério risco de apartar ou ceder”.
Há uma enorme fila de veículos dos
dois lados do ponto de interdição, que abrange cerca de mil metros na região
conhecida como Velha Mutum, em Rondônia, distante 70 quilômetros da balsa sobre
o Rio Abunã. Um sobrevoo foi agendado para o início da tarde desta
sexta-feira para registrar as condições da rodovia. “A interdição é total
e só haverá contraordem se a lâmina de água, que neste momento é de 60
centímetros, diminuir consideravelmente”, concluiu o PRF.
O presidente do Sindicato dos Revendedores de Combustíveis no Acre, José Magide, se disse surpreso e afirmou que o transporte de gasolina e óleo diesel com destino a Rio Branco já estava lento. “A interdição era para o transporte noturno. Isso causou incerteza entre os consumidores. Agora, devemos avaliar as consequências”, afirmou.
O presidente do Sindicato dos Revendedores de Combustíveis no Acre, José Magide, se disse surpreso e afirmou que o transporte de gasolina e óleo diesel com destino a Rio Branco já estava lento. “A interdição era para o transporte noturno. Isso causou incerteza entre os consumidores. Agora, devemos avaliar as consequências”, afirmou.
Água invade distribuidora de gás em Porto Velho (Foto: Eliete
Marques/G1)
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A Fogás, através de sua base matriz em Manaus, informou
que "a empresa ainda está analisando as alternativas. A base de Rio Branco
continua operando normalmente. 'Contratamos mais três carretas para aumentar o
suprimento da cidade. É o que podemos informar, no momento", explicou em
nota.
A assessoria de imprensa do Porto Público
de Porto Velho informou que só há uma rota
alternativa para o Acre no transporte fluvial. As balsas saem da capital
rondoniense numa viagem de 30 dias atravessando os rios Madeira, Amazonas e
Purus, até chegar à cidade de Cruzeiro
do Sul (AC),
fronteira do Brasil com o Peru.
O encarregado da Balsa sobre o Rio Abunã,
Alisson Hamud, disse que o tempo de travessia, envolvendo embarque e
desembarque, caiu de duas horas para 30 minutos. “Não há filas. Os carros não
estão chegando por causa da interdição na BR”, afirmou. Segundo ele, a
balsa opera em condições normais.
As autoridades haviam anunciado a
possibilidade de um desabastecimento generalizado entre Acre e Rondônia caso
esta marca fosse alcançada. No entanto, de acordo com novas informações
oficializadas pelo comandante do Corpo de Bombeiros e coordenador da Defesa
Civil, coronel Liberato Ubirajara Caetano de Souza, o auxílio do
Exército, da Aeronáutica e demais voluntários garantem, ainda que
precariamente, a travessia em pontos alagados na BR 364.
G1/RO
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