Adail Pinheiro em entrevista que nega as acusações de
pedofilia
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O Tribunal
de Justiça do Amazonas (TJ-AM) decretou novo mandado de prisão preventiva
contra Adail Pinheiro nesta sexta-feira (14), referente à ação penal de
2009, época em que o Prefeito de Coari (AM) foi investigado pela Polícia
Federal na operação denominada "Vorax". A decisão tem como base
um novo fato apresentado pelo Ministério Público e dá prosseguimento às
recomendações do ministro Roberto Barros, do Supremo Tribunal Federal
(STF), que extinguiu um habeas corpus impetrado há cinco anos pela
defesa de Adail, quando este foi preso em 2009.
Ou seja, caso Adail consiga um habeas corpus
para a prisão preventiva expedida na última semana pela Justiça, pela qualsegue preso desde sábado (8) na sede do Comando de Policiamento
Especializado (CPE), em Manaus, ele continuará preso devido ao novo mandado.
O Prefeito do município amazonense de Coari é
acusado judicialmente de envolvimento e favorecimento à prostituição de menores de idade no município amazonense de
Coari (localizado a 363 quilômetros de Manaus), após ampla investigação da
Polícia Federal.
Com a extinção do habeas
corpus, o STF devolveu o processo para o Estado do Amazonas para decidir se
ainda havia necessidade de decretar a prisão de Adail Pinheiro. Diante dessa
devolução, o relator do processo, desembargador Rafael Romano, abriu vista para
o MP e, ao receber o parecer do órgão, expediu sua decisão.
A decretação da prisão cautelar foi concedida
porl Romano, que considerou os fatos apresentados pelo MP, referentes aoatentado às vítimas e testemunhas do processo no
município de Coari, e sustentou que se trata de uma circunstância
que põe em risco a instrução do processo criminal.
Para ser liberado, a defesa
de Adail Pinheiro precisaria agora de dois habeas corpus. Seus advogados já
afirmaram que irão recorrer da decisão.
Resguardar
integridade das vítimas
O MP alertou para os atos
de ameaça e atentado que estariam ocorrendo contra as vítimas e seus familiares
em Coari.
“Nesse cenário grotesco, é
preciso resguardar, também, a integridade física e psicológica das vítimas e
testemunhas que figuram na presente ação penal, em sua maioria crianças e
adolescentes, que ousaram desafiar a lei do silêncio e confiaram suas
esperanças à Justiça”, conforme trecho do MP.
Entenda o
caso
Após cinco anos, decisão do
ministro Luiz Roberto Barroso derrubou a liminar que decretava a liberdade do
prefeito de Coari, Adail Pinheiro, que foi preso em 2009. A liminar foi
expedida pelo Ministro Gilmar Mendes.
À época, Adail ficou preso
por 63 dias. A decisão voltou ao judiciário do Amazonas, que decretou novamente
a prisão do prefeito, que já está detido e responde por outros processos.
A Crítica
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