Afonso de Oliveira, da Rádio Guarany, foi agredido por cabo
da PM
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O repórter esportivo da
Rádio Guarany, Afonso de Oliveira, procurou nossa reportagem para denunciar que
foi coagido e agredido durante uma blitz da Polícia Militar, que aconteceu por
volta de 16h, de terça-feira, 25, na Rua Jasmim, próximo a casa de shows Coqueiro,
no bairro Aeroporto Velho, em Santarém, Pará. Ele conta que recebeu alguns pontapés nas pernas
desferidos pelo cabo da Polícia Militar, identificado como Francinei.
Afonso
de Oliveira relata que havia saído para buscar sua esposa em um lanche de sua
propriedade, localizado no Mercadão 2000 e, quando retornava para sua
residência para deixá-la e depois iria para o Estádio Panterão fazer uma
matéria para a Rádio Guarany, foi abordado pelos policiais.
Ele
garante que já havia descido da motocicleta, tirado o capacete da cabeça,
mostrado a documentação do veículo e sua habilitação, quando o cabo da Polícia
Militar lhe ordenou da seguinte forma: “Coloca as mãos na cabeça. Agora encosta
aí no muro! Quando eu virei de costas e sem saber o procedimento que tinha que
abrir as pernas, o cabo da PM me deu os dois chutes com o coturno dele. Tipo um
selvagem”, descreveu o repórter.
Afonso
ressalta que ainda chegou a falar para o policial que era da imprensa, mesmo
assim o cabo Francinei lhe deu ordens para colocar as mãos na cabeça e encostar
no muro. “Agora imagine, você sendo da imprensa e tratado desse jeito. Aquilo
pra mim era novo, parecia um filme. Até porque não houve diálogo. Ele já chegou
ordenando que eu colocasse as mãos na cabeça, não perguntou nada e deu os dois
chutes na minha perna. Eu ainda falei pare ele: Eu sou da imprensa, os direitos
aqui são iguais e devem ser respeitados e eu estou trabalhando. Mesmo assim não
teve diálogo!”, exclamou o repórter esportivo.
Inconformado
com a coação sofrida por parte do policial, Afonso de Oliveira declarou que vai
procurar o comando da Polícia Militar em Santarém para que tome providências em
relação as abordagens dos policiais durante as blitz que acontecem na cidade,
para que possam agir com cautela com os cidadãos.
“Estou
registrando esse problema e o cabo foi infeliz, eu acredito. Mas, fica um
questionamento: Se ele (cabo Francinei) estava ali para educar, por que agiu
dessa forma? Ele quer transformar as pessoas em quê?”, questionou Afonso de
Oliveira.
Para
ele, quando a Polícia Militar estiver fazendo uma blitz deve ter um pouco de
cautela com os cidadãos e não agir como se todas as pessoas fossem bandidos.
“Nesse caso, seu eu fosse um Juiz, um Promotor ou um Delegado, o fato teria
sido diferente, porque ele estava tratando todo mundo ali como bandido. Eu
ainda estava com a camisa da empresa em que trabalho, mesmo assim não foi o
suficiente para o policial me tratar com educação”, observa Afonso.
RG 15/O Impacto
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