O ministro da Saúde, Arthur
Chioro, anunciou hoje (28) um reajuste salarial de 25% para os profissionais
cubanos que trabalham no Brasil por meio do Programa Mais Médicos. A partir de
março, eles vão passar a receber US$ 1.245.
O
salário dos cubanos, atualmente, consiste em US$ 400, pagos pelo governo
brasileiro, e US$ 600, pagos pelo governo cubano e retidos em uma conta no
país. O aumento anunciado pela pasta, portanto, é US$ 245, sendo que o valor
total, a partir de agora, será pago no Brasil.
Segundo
Chioro, a negociação com a Organização Panamericana de Saúde (Opas) e com o
governo cubano para estabelecer o reajuste salarial já estava em andamento
quando ele assumiu o comando da pasta, no início do mês de fevereiro. Houve, de
acordo com o ministro, uma determinação da presidenta Dilma Rousseff para que o
valor pago aos profissionais cubanos fosse revisto.
Chioro fez questão de ressaltar
que não houve aumento dos valores repassados pelo governo brasileiro pela
cooperação internacional. “Não vamos gastar um centavo a mais. Vamos continuar
pagando o mesmo valor”, disse. O que houve, segundo ele, foi uma alteração nos
valores acordados no contrato com o governo cubano.
Chioro
rebateu a ideia de que o anúncio do reajuste seria uma resposta à pressão de
médicos cubanos como Ramona Rodríguez, que abandonou o programa. “Não há, da
nossa parte, nenhuma questão que envolva diretamente pressão dos próprios
médicos cubanos, muito menos daquela profissional. Não é o que nos mobiliza. O
que nos mobiliza é a necessidade de aprimorar.”
Atualmente,
7,4 mil médicos cubanos atuam no Brasil por meio do Mais Médicos.
Agência Brasil
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