Maurílio Gomes (à direita) é membro do partido comandado
por Zequinha Marinho, candidato a vice-governador na chapa
governista (Foto:
Divulgação)
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A
vice-prefeita Ângela Liberato Santa Rosa (PSB), que assumiu a prefeitura do
município de Ourilândia do Norte, Pará, na última terça-feira, após o afastamento por
90 dias do prefeito Maurílio Gomes Cunha (PSC), mais conhecido como “Maguila”,
está fazendo uma verdadeira devassa na administração municipal: já exonerou
todo o secretariado para colocar sua equipe de confiança. Maguila foi afastado
do cargo pela juíza Leonila Maria Medeiros e, desde terça-feira, está em Belém
correndo contra o tempo na busca de uma decisão liminar que o reconduza ao
cargo.
A
vereadora Zulene dos Santos Araújo (Pros), uma das principais oposicionistas de
Maguila, lembra que o Ministério Público do Estado acumula 40 denúncias e o
Ministério Público Federal outras oito contra o gestor, encaminhadas desde
agosto do ano passado, envolvendo principalmente casos de improbidade
administrativa, crime ambiental e mau uso de recursos públicos, como o dinheiro
do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização
dos Profissionais da Educação (Fundeb), alvo de uma representação feita pelo
Sindicato dos Trabalhadores da Educação (Sintepp) no município.
RETIRADA
RETIRADA
Ela
conta que a prefeitura utilizou quatro caçambas doadas pelo Programa de
Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal, para retirar areia de uma
área de reserva ambiental que foi levada para um parque de vaquejada que,
segundo Zulene, é de propriedade de um laranja que atua em favor do prefeito. A
decisão da juíza foi proferida após o MP e a Polícia Civil constatarem a
utilização indevida dos veículos próprios e alugados da prefeitura para fins
particulares, no dia 19 de maio passado.
Segundo
a denúncia o maquinário estava extraindo areia de forma irregular das margens
do Rio Branco (área protegida). O material depois era colocado no parque de
vaquejada. Uma retro escavadeira era utilizada para a retirada do material e
depositado em caminhões caçambas da prefeitura de Ourilândia, sem qualquer tipo
de licenciamento ambiental. “Servidores públicos também foram encontrados
trabalhando irregularmente na extração e no transporte do material, atividade
fora de suas funções”, explicou o promotor Ramon Furtado.
Diário
do Pará
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