A defesa do ex-goleiro Bruno Fernandes, considerado culpado
pelo homicídio triplamente qualificado, sequestro e cárcere privado de Eliza
Samúdio, pediu nesta segunda-feira (10), ao Tribunal de Justiça do Rio de
Janeiro (TJ-RJ) o cancelamento do registro de paternidade do filho da vítima,
Bruno Samúdio de Souza. Segundo Francisco Sinim, a ação movida foi um pedido do
ex-atleta e faz parte da estratégia de defesa do réu.
Ainda segundo o advogado, a ação foi
protocolada no TJ-RJ e "segue em sigilo". O reconhecimento da
paternidade pelo ex-goleiro foi publicado no dia 12 de julho de 2012, de acordo
com informações de Rui Pimenta, um dos advogados que representava a defesa do
goleiro Bruno. Na sentença, que foi julgada em primeira instância, o nome do
jogador deveria constar na certidão de nascimento da criança, que passou a se
chamar Bruno Samúdio de Souza a partir e então.
Na época, o juiz determinou que o Cartório
de Registro Civil de Pessoas Naturais em Belezinho, em São Paulo – local onde o
filho de Eliza Samudio foi registrado – cumprisse o que foi
determinado, já que, segundo Rui Pimenta, esse era o desejo do jogador. A
defesa também explicou na época que o processo, movido em nome da criança,
pedia também pensão alimentícia.
Filho
Atualmente com quatro anos, o filho de Eliza Samudio vive com a avó materna, Sônia Moura. Segundo reportagem publicada no G1 em julho de 2012, a criança recebia na época um acompanhamento psicológico, quando tinha 2 anos. A mãe da ex-modelo disse que o menino era criado com renda familiar.
"O Bruninho está ótimo, está bem de
saúde. Ele sabe que eu não sou mãe, chama de mãe, mas sabe que sou avó. Se
perguntar o nome da mãe dele, ele fala Eliza", contou Sônia na ocasião.
Entenda o caso
Entenda o caso
Eliza desapareceu em 2010 e seu corpo nunca foi achado. Ela tinha 25 anos e era mãe do filho recém-nascido do goleiro Bruno, de quem foi amante. Na época, o jogador era titular do Flamengo e não reconhecia a paternidade.
Em março de 2013, Bruno foi considerado
culpado pelo homicídio triplamente qualificado, sequestro e cárcere privado da
jovem. A ex-mulher do atleta, Dayanne Rodrigues, foi julgada na mesma ocasião,
mas foi inocentada pelo conselho de sentença. Luiz Henrique Ferreira Romão, o
Macarrão, amigo de Bruno, e Fernanda Gomes de Castro, ex-namorada do atleta, já
haviam sido condenados em novembro de 2012.
O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos,
o Bola, foi condenado a 22 anos de prisão em abril de 2013. O último júri do
caso foi realizado em agosto e condenou Elenilson da Silva e Wemerson Marques.
G1/RJ
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