Crime chocou moradores da cidade de Juruá, que revelam ser comum as brigas entre jovens por conta do alcoolismo |
Índios da etnia Kulina ameaçam
vingar a morte do professor Madija Kulina, assassinado a facadas em um campo de
futebol na cidade de Juruá (a 674 quilômetros de Manaus, Amazonas). O professor foi morto
por seis adolescentes, sendo um de 17 anos de idade, um de 14, três de 13 e um de
7, segundo informou nesta quarta-feira (27) o delegado da cidade Daniel
Trindade.
Os adolescentes estão apreendidos, mas a população teme que a
cidade seja invadida pelos índios que moram em uma comunidade na zona rural. A
ameaça de invasão foi confirmada pelo líder da comunidade identificado como
Tomé da Silva Madija Kulina.
“Estão falando em vingança e nós estamos com medo que isso
aconteça”, disse Tomé por telefone. Segundo o líder, no entanto, acontecem com
frequência mortes entre os indígenas por desentendimentos após o consumo de
bebida alcoólica. Ele revelou ter sido a vítima quem comprou a cachaça
consumida pelos adolescentes. “Ele comprou cinco litros de cachaça e quando
acabou começaram a brigar”, revelou Tomé.
Violentos
O delegado informou que os adolescentes são indígenas, bastante
“brabos” e que por qualquer motivo estão se envolvendo com briga. Ainda segundo
ele, até o final da tarde de ontem, o corpo do índio Kulina ainda não tinha
sido localizado. Madija Kaulina foi assassinado no início da noite da última
segunda-feira, 25. Ele era professor e, segundo o delegado, o crime chamou a
atenção da população pelo requinte de crueldade usado pelos meninos. Os garotos
usaram quatro facas e aplicaram vários golpes na vítima e depois a degolaram e
jogaram o corpo no rio Juruá.
Segundo as investigações, o crime foi motivado por vingança. Por
volta das 18h, o professor passava pelo um campo de peladas conhecido como
“campo do Lito”, localizado no bairro Tancredo Neves 2, na cidade do Juruá,
onde os meninos estavam bebendo cachaça. Após repreender os meninos, tentando
tomar os litros da bebida, causou revolta entre eles, que reagiram de forma
violenta, matando o professor.
A Crítica
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