Completou uma semana, nesta quarta-feira (20), a ocupação do
Palácio de La Ravardière, sede da Prefeitura de São Luís, Maranhão, por professores da
rede municipal de ensino. Os manifestantes estão acorrentados desde o 2º dia de
ocupação e anunciaram greve de fome nessa segunda-feira (18). Uma rodada de negociações
está prevista para esta quarta-feira.
A
categoria está greve desde o dia 22 de maio e afirma que só deixará o local
depois que as reivindicações dos trabalhadores forem atendidas. No palácio, um
grupo de professores ocupa a recepção e os corredores de acesso aos gabinetes.
Outro grupo está do lado de fora do prédio, em um acampamento montado em frente
à sede da prefeitura. O expediente foi interrompido desde o início da ocupação.
Os professores ocuparam a sede da prefeitura no dia 13 de
agosto, depois depois que a 1ª Vara da Infância e Juventude de São Luís atendeu
ao pedido de tutela antecipada do Ministério Público do Maranhão (MP-MA) e
concedeu liminar determinando o reinício imediato das aulas na rede municipal
de ensino.
Um dia depois, alguns professores decidiram se acorrentar nas
dependências do palácio após a Justiça conceder liminar em favor da Prefeitura
de São Luís, que ajuizou ação pedindo reintegração de posse.
Nessa segunda-feira, estava prevista uma reunião na sede da
Promotoria da Educação entre os docentes e a Prefeitura de São Luís. O
secretário municipal de Educação Geraldo Castro Sobrinho não compareceu, mas
enviou dois representantes que teriam avisado sobre a elaboração de uma
contraproposta à categoria, que deverá ser apresentada na negociação desta
quarta-feira.
Greve
Os professores da rede municipal de ensino de São Luís iniciaram paralisação
total no dia 22 de maio. A Justiça decretou ilegalidade do movimento pelo
Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ-MA) e determinou reinício imediato das
atividades. A decisão não foi atendida pela categoria.
Os trabalhadores reivindicam 20% de reajuste salarial, data-base
de acordo com a Lei do Piso, implantação imediata dos direitos estatutários,
retroativos das progressões (vertical, horizontal, difícil acesso e titulação),
além de melhores condições de trabalho. Até o momento, a prefeitura manteve
contraproposta de 3% e obras de reparo em 50 escolas, alegando que a aplicação
de um reajuste superior ao proposto implica no descumprimento de regras
impostas pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
Jornal Pequeno
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