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quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Ocupação da Prefeitura de São Luís completa uma semana

professores

Completou uma semana, nesta quarta-feira (20), a ocupação do Palácio de La Ravardière, sede da Prefeitura de São Luís, Maranhão, por professores da rede municipal de ensino. Os manifestantes estão acorrentados desde o 2º dia de ocupação e anunciaram greve de fome nessa segunda-feira (18). Uma rodada de negociações está prevista para esta quarta-feira.

A categoria está greve desde o dia 22 de maio e afirma que só deixará o local depois que as reivindicações dos trabalhadores forem atendidas. No palácio, um grupo de professores ocupa a recepção e os corredores de acesso aos gabinetes. Outro grupo está do lado de fora do prédio, em um acampamento montado em frente à sede da prefeitura. O expediente foi interrompido desde o início da ocupação.
Os professores ocuparam a sede da prefeitura no dia 13 de agosto, depois depois que a 1ª Vara da Infância e Juventude de São Luís atendeu ao pedido de tutela antecipada do Ministério Público do Maranhão (MP-MA) e concedeu liminar determinando o reinício imediato das aulas na rede municipal de ensino.
Um dia depois, alguns professores decidiram se acorrentar nas dependências do palácio após a Justiça conceder liminar em favor da Prefeitura de São Luís, que ajuizou ação pedindo reintegração de posse.
Nessa segunda-feira, estava prevista uma reunião na sede da Promotoria da Educação entre os docentes e a Prefeitura de São Luís. O secretário municipal de Educação Geraldo Castro Sobrinho não compareceu, mas enviou dois representantes que teriam avisado sobre a elaboração de uma contraproposta à categoria, que deverá ser apresentada na negociação desta quarta-feira.
Greve

Os professores da rede municipal de ensino de São Luís iniciaram paralisação total no dia 22 de maio. A Justiça decretou ilegalidade do movimento pelo Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ-MA) e determinou reinício imediato das atividades. A decisão não foi atendida pela categoria.


Os trabalhadores reivindicam 20% de reajuste salarial, data-base de acordo com a Lei do Piso, implantação imediata dos direitos estatutários, retroativos das progressões (vertical, horizontal, difícil acesso e titulação), além de melhores condições de trabalho. Até o momento, a prefeitura manteve contraproposta de 3% e obras de reparo em 50 escolas, alegando que a aplicação de um reajuste superior ao proposto implica no descumprimento de regras impostas pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).


Jornal Pequeno


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