Nonato Castro, presidente da Celpa |
O aumento de 34,34% que
os dois milhões de consumidores da empresa Centrais Elétricas do Pará- CELPA
terão que pagar a partir desta quinta-feira, dia 07 de agosto, provocou uma
onda de protesto em todo o Estado e Itaituba não ficou indiferente. O Movimento
pelos atingidos pelas Barragens liderou uma ocupação no escritório da Rede
Celpa em busca de explicações sobre o episódio que vai pesar ainda mais no
bolso do tão sacrificado consumidor que já arca com tarifas elevadas.
“Não sou vendedor de
sonhos, nem estou aqui para mentir pra vocês”. Assim o presidente da empresa
Rede Celpa, Nonato Castro, deu o tom da reunião explicando que todas as
questões reclamadas serão observadas pela empresa, mas nem tudo será resolvido
já que será analisado caso a caso, pois tem consumidor que está certo, mas tem
consumidor que está errado também, principalmente quanto ao valor das tarifas
haja vista o número elevado de desvios de energia, que nesses casos são pagos
por quem paga a tarifa legalmente.
Ilustrando sua colocação
a gerência local exemplificou o episódio de um consumidor do residencial Minha
Casa Minha Vida quer reclamou do valor da tarifa e, na vistoria a empresa
encontrou três ar condicionados, o que coloca em dúvida a finalidade do projeto
habitacional feito para pessoas de baixa renda e quem tem três aparelhos de ar
condicionado não é baixa renda, afiançou o gerente.
A insatisfação ensejou a
vinda do presidente da Concessionária, Nonato Castro, que pelo período das 9 às
12 horas, no auditório da CDL, respondeu a inúmeros questionamentos feitos pelo
presidente da CDL Davi Menezes, Fabrício Schubert (da Associação Comercial),
lideranças políticas, presidentes de bairros e pela imprensa. O vereador Luiz
Fernando Sadeck se fez presente representando a Câmara Municipal de Itaituba.
O presidente, numa mea
culpa, admitiu que a empresa Rede Celpa tem cometido muitos erros, mas que
serão solucionados. Admitindo, também, que há falhas por parte de muitos
consumidores. Questionado sobre o aumento, ele disse que quem onera não é o que
é repassado para a empresa, mas sim os impostos embutidos no talão, dando
exemplo de um talão de um consumidor que chegou em suas mãos no valor de
oitocentos reais, onde ele disse que desse montante pouco mais de duzentos é
pago à sua empresa o restante vai para o governo.
O clima ficou tenso
quando o militante do Mab, Fred Vieira, acusou a Rede Celpa de estar roubando o
consumidor para pagar suas dívidas. O presidente retrucou que não aceitava
discurso populista e que o Brasil é um País capitalista e não socialista.
Perguntando, se a tarifa de energia tem que ter papel social, então, as pessoas
deveriam receber comida e outras coisas gratuitas também.
O presidente disse que
todas as demandas de questionamentos levantadas nessa reunião terão respostas,
inclusive repassou um número do celular e e-mail, já que ele próprio responderá
aos questionamentos feitos, separando quais questões podem ser endereçadas
diretamente à Agência Nacional de Energia Elétrica (Annel). Nonato Castro
garantiu que até o ano que vem a empresa acabará com as ”gambiarras”, já que
fará novos investimentos com posteamento nos bairros de invasão que ainda
recorrem aos gatos. De acordo com o Diesse, os impactos no bolso dos
consumidores paraenses são bem maiores do que somente os percentuais
autorizados no aniversário das privatizadas ou das revisões tarifárias
ocorridas durante este período.
RG 15/O Impacto e Nazareno Santos
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