A luta contra o reajuste
de quase 35% nas contas de energia elétrica no Pará, autorizado pela Agência
Nacional de Energia Elétrica (Aneel), do governo federal na última semana, deve
ganhar o reforço da Assembleia Legislativa do Pará. Ontem, vários deputados se
manifestaram da tribuna contra o aumento. Na próxima terça-feira, 19, será
realizada uma audiência pública na Casa para debater o tema.
A grande expectativa é
em torno da participação de representantes da Aneel no debate. “Não vamos nos
omitir neste debate. O Parlamento tem que ajudar a buscar uma solução sobre
este tema tão importante”, afirmou o presidente da Alepa, deputado Márcio Miranda
(DEM). Ele destacou que não está descartada a possibilidade da Casa ingressar
com uma ação própria sobre o assunto.
O deputado Zé Francisco
(PMN) foi o primeiro a puxar a discussão no plenário. Ele destacou que o povo
paraense já vem sofrendo com reajustes superiores a inflação há mais tempo.
“Não é justo que a gente pague uma conta que não é nossa”, afirmou.
O deputado Sidney Rosa
(PSD) atribuiu o reajuste à falta de planejamento do setor energético e que
esta situação nada mais tem a ver com a falência da Celpa. “O problema está na
geração de energia térmica a óleo diesel realizada pelos estados do Rio de
Janeiro e São Paulo. E nós, que consumimos apenas 20% da energia que
produzimos, vamos ter que pagar? Não é justo e nem razoável”, destacando que para
outros estados, como Santa Catarina e Espírito Santo, foram aprovados reajustes
na ordem de 22%.
O deputado Edmilson
Rodrigues (PSOL) também fez coro à manifestação dos parlamentares e destacou
que muitas empresas podem demitir funcionários ou até mesmo falir por conta dos
altos encargos. Ele sugeriu que, além da ação judicial, o governo reduza os
impostos estaduais que incidem na conta para que o reajuste não pese tanto no
bolso do consumidor.
Além da Aneel, serão
convidados para a audiência pública representantes do governo rederal e
estadual e parlamentares da bancada federal.
O Liberal
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