A
epidemia que deixou a aldeia Trocará, da etnia Assurini, nas proximidades de
Tucuruí, Pará, em alerta nos últimos dias, não se trata do vírus H1N1, como estavam
suspeitando, a princípio, os especialistas.
Duas
das crianças que foram transferidas para Belém ficaram internadas na Unidade de
Diagnóstico de Meningite (UDM), do Hospital Universitário João de Barros
Barreto, mas já retornaram à aldeia por risco de contaminação na UDM e falta de
leitos no setor de pediatria da instituição.
A
doença já deixou quatro crianças mortas (a Sespa confirma três mortes) nos
últimos dias e até o momento não se sabe o real diagnóstico nem a origem do
mal. Na noite do último dia 23, seis crianças da localidade apresentavam
sintomas semelhantes ao da gripe A e foram encaminhadas ao Hospital Regional de
Tucuruí. Elas foram transferidas para Belém, mas no trajeto uma delas não
resistiu e morreu.
Segundo
o Barros Barreto, as crianças indígenas que foram internadas em Belém
apresentam um quadro clínico estável. Das cinco crianças que chegaram, três
estão no setor de pediatria e duas que estavam na UDM retornaram à aldeia.
Todas foram medicadas com o Oseltamivir, que tem o nome comercial de Tamiflu,
para o tratamento de vírus respiratórios.
RESULTADO
RESULTADO
De
acordo com a Secretaria de Estado de Saúde do Pará (Sespa), as crianças
apresentaram sintomas de infecções do trato respiratório, como febre alta,
tosse e insuficiência respiratória, mas os primeiros exames realizados pelo
Laboratório Central do Estado (Lacen) e Instituto Evandro chagas (IEC)
descartaram a possibilidade de elas estarem sofrendo infecção por H1N1.
Também
foi descartado o contágio por metapneumovírus, vírus sincicial respiratório
(VCR) e coqueluche. Ainda segundo a Sespa, “os dois laboratórios ainda estão
processando exames para investigação para outras doenças causadas por vírus,
como rinovírus e caxumba”. Os resultados devem sair nos próximos dias, segundo
a Sespa.
Também
em nota, O IEC informou que recebeu 11 amostras clínicas de pacientes indígenas
(etnia Assurini) para investigação de doença respiratória e que os exames
laboratoriais ainda estão em curso. “O envolvimento de diferentes agentes
virais está sendo pesquisado. Entretanto, já se confirmou que o surto em
questão não foi ocasionado pelo vírus da gripe”.
A
Sespa também informou que os procedimentos feitos pela secretaria correspondem
ao apoio técnico por meio do Lacen, em parceria com o IEC, e ao acompanhamento
das ações dos técnicos da Coordenação Distrital de Saúde Indígena (DSEI) na
aldeia. O DSEI, sediado em Belém, faz parte da Secretaria Especial de Saúde
Indígena (Sesai), vinculada ao Ministério da Saúde.
Diário
do Pará
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