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terça-feira, 26 de agosto de 2014

Exames descartam H1N1 em aldeia

Exames descartam H1N1 em aldeia (Foto: Wellington Hugles)
A epidemia que deixou a aldeia Trocará, da etnia Assurini, nas proximidades de Tucuruí, Pará, em alerta nos últimos dias, não se trata do vírus H1N1, como estavam suspeitando, a princípio, os especialistas.

Duas das crianças que foram transferidas para Belém ficaram internadas na Unidade de Diagnóstico de Meningite (UDM), do Hospital Universitário João de Barros Barreto, mas já retornaram à aldeia por risco de contaminação na UDM e falta de leitos no setor de pediatria da instituição.
A doença já deixou quatro crianças mortas (a Sespa confirma três mortes) nos últimos dias e até o momento não se sabe o real diagnóstico nem a origem do mal. Na noite do último dia 23, seis crianças da localidade apresentavam sintomas semelhantes ao da gripe A e foram encaminhadas ao Hospital Regional de Tucuruí. Elas foram transferidas para Belém, mas no trajeto uma delas não resistiu e morreu.
Segundo o Barros Barreto, as crianças indígenas que foram internadas em Belém apresentam um quadro clínico estável. Das cinco crianças que chegaram, três estão no setor de pediatria e duas que estavam na UDM retornaram à aldeia. Todas foram medicadas com o Oseltamivir, que tem o nome comercial de Tamiflu, para o tratamento de vírus respiratórios.

RESULTADO
De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde do Pará (Sespa), as crianças apresentaram sintomas de infecções do trato respiratório, como febre alta, tosse e insuficiência respiratória, mas os primeiros exames realizados pelo Laboratório Central do Estado (Lacen) e Instituto Evandro chagas (IEC) descartaram a possibilidade de elas estarem sofrendo infecção por H1N1.
Também foi descartado o contágio por metapneumovírus, vírus sincicial respiratório (VCR) e coqueluche. Ainda segundo a Sespa, “os dois laboratórios ainda estão processando exames para investigação para outras doenças causadas por vírus, como rinovírus e caxumba”. Os resultados devem sair nos próximos dias, segundo a Sespa.
Também em nota, O IEC informou que recebeu 11 amostras clínicas de pacientes indígenas (etnia Assurini) para investigação de doença respiratória e que os exames laboratoriais ainda estão em curso. “O envolvimento de diferentes agentes virais está sendo pesquisado. Entretanto, já se confirmou que o surto em questão não foi ocasionado pelo vírus da gripe”.
A Sespa também informou que os procedimentos feitos pela secretaria correspondem ao apoio técnico por meio do Lacen, em parceria com o IEC, e ao acompanhamento das ações dos técnicos da Coordenação Distrital de Saúde Indígena (DSEI) na aldeia. O DSEI, sediado em Belém, faz parte da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), vinculada ao Ministério da Saúde.



Diário do Pará


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