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terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Humaitá: Homens foram mortos a tiros e enterrados em aldeia

O exame inicial dos três corpos de homens encontrados nessa segunda-feira (3), em aldeia na Terra Indígena Tenharim, em Humaitá, sul do Amazonas, mostrou que eles foram mortos a tiros. Ao contrário do que chegou a ser divulgado, as vítimas não sofreram decapitação ou esquartejamento. Os corpos ainda passavam por exames para identificação no início da tarde desta terça-feira (4), mas o delegado Arcelino Damasceno, da Polícia Federal, disse não ter dúvidas de que se tratavam dos três desaparecidos.

O representante comercial Luciano Freire, o técnico Aldeney Salvador, e o professor Stef Pinheiro, desapareceram no dia 16 de dezembro, na rodovia Transamazônica. A suspeita da polícia é de que eles foram assassinados por índios da etnia Tenharim. Cinco suspeitos por envolvimento no crime estão presos desde 30 de janeiro em Porto Velho.
O delegado aguardava a chegada dos familiares para a coleta de material para exame de DNA, mas admitia a possibilidade de reconhecimento direto. "Apesar do estado dos corpos, os familiares vão poder reconhecer, se quiserem." Os exames periciais devem indicar o calibre da arma e a causa da morte, disse o delegado.
Segundo o delegado, os cinco índios presos não informaram onde os corpos estavam enterrados. A localização foi possível graças à ajuda de mateiros do Exército e cães farejadores da Polícia Militar.
A defesa tenta pedir a soltura dos indígenas. "A Polícia Federal apresentou provas testemunhais, mas elas são genéricas e superficiais", disse o advogado Ricardo Tavares Albuquerque. Na semana passada A Associação Nacional dos Servidores da Funai (Ansef) e a Confederação Nacional dos Servidores Públicos Federais (Condsef) divulgaram nota em que sustentam haver violação aos direitos dos povos indígenas no episódio.



ORM News


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