A juíza
federal de Rondônia, Juliana Maria da Paixão, acatou o pedido da Justiça
Estadual de Mato Grosso para que João Arcanjo Ribeiro, 62, permaneça no
Presídio de Segurança Máxima de Porto Velho (RO).
Sendo assim, o “Comendador” continua em Rondônia até o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidir sobre o conflito de competência envolvendo o caso.
Nesta semana, o juiz Geraldo Fernandes Fidélis Neto, titular da 2ª Vara
Criminal de Cuiabá, pediu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) que prorrogue a
permanência do ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro por mais 360 dias no Presídio
Federal de Segurança Máxima.
O pedido do juiz teria como base, a alegação de que o sistema prisional de Mato Grosso não tem estrutura necessária para acomodar o criminoso de "altíssima periculosidade", além da aproximação com Hércules Agostinho e Célio Alves que estão presos no Estado, condenados por participação no assassinato de Sávio Brandão, junto com Arcanjo. Ele é considerado uma pessoa de forte influência no Estado.
“Estou repercutindo um anseio do Estado” disse Fidélis ao Mato Grosso Noticias, sobre o pedido de prorrogação.
A tentativa de impedir que Arcanjo venha para Mato Grosso dependerá da decisão do STJ agora. “Articulei essa questão de competência, enquanto não há uma resposta peço que ele não o mandem para Mato Grosso, mas isso pode ocorrer mesmo assim”, pontuou.
Segundo o magistrado, a vinda dele para Mato Grosso poderia fortalecer o poder de gestão de sua organização criminosa, vindo a intensificar suas atividades ilícitas e, consequentemente, facilitar uma possível fuga.
“Não temos uma prisão de segurança máxima. Penso que isso fragiliza nossa segurança” afirmou, salientando ainda que o presídio para onde ele seria encaminhado passa por um período de reforma e que ele tem influência local.
Prisão
O ex-bicheiro foi preso em 2003 em Montevidéu, no Uruguai, após a deflagração, em Mato Grosso, da operação Arca de Noé. Atualmente, ele cumpre pena por sonegação fiscal, formação de quadrilha, evasão de divisas, lavagem de dinheiro e crimes contra o sistema financeiro, cujos processos são decorrentes da Justiça Federal.
Arcanjo é acusado ainda pelo Ministério Público de ter mandado matar Rivelino Brunini, Fauze Rachid Jaudy, Mauro Manhoso, Valdir Pereira, Leandro dos Santos, Celso Borges e Mauro Moraes.
Mato Grosso Notícias
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