Em visita realizada as
áreas do Lago do Juá e das praias do Maracanã e Salvação nossa equipe de
reportagem, acompanhada da coordenadora do movimento “Salve o Juá”, Margareth
Ferreira, constatou diversas irregularidades cometidas contra o meio ambiente
naquele local. Entre os crimes ambientais mais graves, foi verificada a
existência de um porto de embarque e desembarque de
madeira, na praia do
Maracanã, em Santarém, oeste do Pará, de propriedade da Madeireira Dionizia.
Quem chega ao local observa
a grande quantidade de restos de madeira, como sarrafo e serragem misturados a
areia da praia, além da retirada total da mata ciliar, às margens do rio
Tapajós.
Comunitários do Maracanã
contaram à nossa reportagem que a madeira é extraída de forma clandestina de
comunidades localizadas dentro da Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns
(Resex). Ao ser transportada para o bairro do Maracanã, a madeira, de acordo
com os comunitários, é beneficiada. Em seguida, toda a produção é exportada
para outras regiões do Brasil, onde o embarque acontece no porto implantado na
praia do Maracanã, pela parte da madrugada, onde balsas ancoram no proto
improvisado e carregam a madeira sem qualquer fiscalização dos órgãos
ambientais, como Ibama e Semma.
Preocupados com a degradação
ambiental ocorrida devido à implantação do porto clandestino, pois uma parte da
praia foi totalmente coberta de madeira, os comunitários do Maracanã cobram
providências por parte dos órgãos competentes.
OUTRO PORTO
CLANDESTINO: Sem
que a Secretaria Municipal de Mobilidade e Trânsito (SMT) e outros órgãos
públicos fiscalizadores interfiram, um novo porto improvisado funciona todos os
dias em frente à Praça da Igreja Matriz, no centro da cidade. Toneladas de
mercadorias embarcam e desembarcam trazidas por caminhões e carros de passeio.
Também há grande fluxo de passageiros. As embarcações fazem linha para
municípios vizinhos e para regiões de rios. O cenário é semelhante ao
estabelecido no porto improvisado da Praça Tiradentes, mas só que sem organização
e a presença de agentes municipais de trânsito.
A movimentação
intensifica a partir das 17h. Caminhões fecham a Avenida Tapajós e motoristas
têm que fazer malabarismo para cruzar aquele perímetro. “Fica difícil.
Entendemos que eles (as embarcações) não têm onde atracar para pegar seus
passageiros, mas deveriam mudar pelo menos o local de embarque de cargas. Aqui
fica muito complicado”, declarou o motorista Evandro Santos, que passava pelo
local.
Nossa reportagem flagrou
o intenso movimento de veículos e cargas no local. Ao mesmo tempo em que a
desordem se incorpora à paisagem do local, muito lixo é espalhado por aquele
perímetro da orla. A escadaria usada para a descida de cargas também coloca em
risco a integridade física de estivadores e passageiros que passam por ali.
RG 15/O
Impacto
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