Os assassinos encontraram Bruno Mescouto no pequeno
apartamento e não tiveram
piedade. (Foto: Antônio Melo/Diário do Pará)
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Homens encapuzados e que estavam em um
carro prata (modelo Fiat Siena, placa não identificada) são os principais
suspeitos de terem executado a tiros o jovem Bruno Mescouto do Carmo, 21, ontem
(17), na Passagem Santa Lucia, bairro do Coqueiro, em Ananindeua, Pará. A vítima
estava dentro de um kit-net, dormindo. Os matadores tiveram acesso à vila
dizendo que queriam alugar um dos quartos, depois bateram na porta do imóvel em
que Bruno estava e ao entrarem efetuaram os disparos. Em seguida, deixaram o
local do crime seguindo em direção a Rodovia Mário Covas. Uma equipe da Divisão
de Homicídios esteve no local e deu início as investigações.
Na semana passada, o pai de Bruno, o comerciante Brás Silva
do Carmo, também foi morto a tiros em seu estabelecimento comercial, no
conjunto Nova Esperança, em Ananindeua. Os atiradores também estavam em um
carro prata, desta vez um modelo Honda Civic.A polícia vai investigar se as duas mortes tem alguma relação, uma vez que se levantou a suspeita de que Brás tenha sido assassinado por engano no lugar do filho. Bruno Mescouto respondia a 4 processos na Justiça, sendo 2 por roubo majorado e 2 por tráfico de drogas. Contra o pai dele, Brás, não há nenhum processo no Tribunal de Justiça.
Segundo o relato de moradores da Passagem Santa Lucia, Bruno tinha se mudado recentemente para a vila de kit-net. Na verdade, se mudou logo após a morte do pai, porém já frequentava a rua esporadicamente. Policiais Militares do 6º Batalhão foram os primeiros a chegar ao local do crime, mas tinham poucas informações para repassar à imprensa. Praticamente, a história do que aconteceu foi conhecida a partir do relato de vizinhos, que pediram para não ser identificados.
Um deles contou que era por volta de 16h30 quando os atiradores chegaram. Eles bateram no portão da vila e foram atendidos pelo proprietário do residencial que de cara informou que todos os quartos estavam alugados. Eles então teriam obrigado o homem a abrir o portão e deram a ordem para ele não intervir. “Não se meta e não te preocupa com o negócio, que não é contigo”, teriam dito os suspeitos.
Em seguida, foram até kit-net onde a vítima estava. Bateram na porta e quem atendeu foi a parceira de Bruno. Eles, então, entraram e o balearam. O corpo de Bruno Mescouto foi removido para o Instituto Médico Legal.
(Denilson D'Almeida/Diário do Pará)
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