Bruno
— que já defendeu o Flamengo e hoje está no Boa, time de Minas Gerais que
disputa a segunda divisão do Campeonato Brasileiro — foi condenado pelo
assassinato de Eliza Samudio, com quem teve um filho. O tribunal do júri de
Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, lhe aplicou uma pena de 22
anos e três meses, mas não houve confirmação ainda da condenação na segunda
instância. Por isso, Marco Aurélio determinou que ele tivesse o direito de
recorrer em liberdade.
Janot
destacou que o processo está demorando para ser analisado na segunda instância
em razão de recursos da própria defesa, o que vem postergando o julgamento. E
acrescentou: "Anote-se que a execução provisória da pena se deu a pedido
da própria defesa, na ocasião do recurso de apelação. Isso reforça a ausência de
prejuízo ao sentenciado, que pode postular os benefícios previstos na Lei de
Execução Penal."
Janot apresentou também um argumento de ordem técnica para que o goleiro volte à prisão. Antes da decisão de Marco Aurélio, Bruno teve um pedido de liberdade negado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). O procurador-geral da República disse que não cabe apresentar habeas corpus contra decisão tomada por outro ministro de tribunal superior.
O
caso estava inicialmente com o ministro Teori Zavascki, que morreu em janeiro
em um acidente aéreo. Como se tratava de medida urgente — pedido de liberdade a
alguém que se encontra preso sem condenação definitiva —, a presidente do STF,
ministra Cármen Lúcia, o encaminhou a Marco Aurélio. Com a chegada de Moares ao
tribunal na vaga deixada por Zavascki, ele herdou a maioria dos processos de
seu antecessor, incluindo o habeas corpus de Bruno.
Além
de Marco Aurélio e Moraes, a Primeira Turma é composta por mais três ministros:
Luiz Fux, Rosa Weber e Luís Roberto Barroso. As decisões são tomadas por
maioria de votos.
O Globo
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