O caso começou com o desaparecimento
de uma pessoa no último domingo, o jovem Renê de 18 anos estava em um balneário
conhecido da cidade de Pacajá, na BR230, sudoeste do Pará, porém não retornou
para casa, o pai ainda na segunda-feira (24), iniciou buscas com os amigos da família
e grupos de whatsapp, mas não conseguiram encontrar Renê.
Na terça-feira (25), o pai do jovem
recebeu informações de que ele estava morto, e que uma postagem feita
ainda na noite de segunda mostrava o corpo de Renê em uma unidade de saúde
desativada na cidade de Anapu. O caso repercutiu na rede social facebook, o
responsável pela página e pela postagem Marcos Pirro desabafou depois de
fotografar o corpo em situação deplorável nos fundos de um hospital
desativado.
Ele denunciou o descaso da saúde pública
na cidade, e questionou a forma com o que o corpo estava sem qualquer dignidade
humana. O secretário de saúde Miqueias Nascimento, procurou a delegacia para
denunciar Marcos Pirro, alegando exposição do corpo de uma pessoa, crime
conhecido como vilipêndio de cadáver. O próprio secretário de saúde assinou o
boletim de ocorrência contra o usuário do facebook, no seu relato o secretário
diz:
“A postagem quer macular a
administração municipal, que o local mostrado está desativado, que o denunciado
pulou o muro de uma área restrita, que o corpo só ficou lá até a chegada do
IML, período que durou entre 17h e 20h, que os corpos não ficam de um dia para
o outro no local” relatou Miqueias.
Por telefone, o secretário informou
que uma funerária da cidade foi quem deixou o cadáver no local e que essa não é
uma ação ou serviço da Secretaria de Saúde da cidade de Anapu, nem que a
prefeitura venha aprovar esse tipo de conduta.
A polícia civil deve intimar Marco
Pirro a prestar depoimento. Em sua rede social o jovem retirou a foto porém
acrescentou que fez a postagem para ajudar a sociedade anapuense e
disparou:
“Obrigado, você que fez esse boletim,
pois tenho certeza que você ‘tá’ recebendo pra isso, mas quero te falar, que do
jeito que você tem direito, também tenho” escreveu Marco.
Após contato da família de Renê em
Pacajá, o Marcos Pirro postou o diálogo com os familiares da vítima e as
informações do boletim de ocorrência lamentando que tenha sido denunciado e
expondo seu ponto de vista. Já os familiares do jovem desaparecido agradeceram
a denuncia e pela ajuda nas buscas por Renê. As denúncias estão sob
investigação da polícia civil de Anapu, o delegado Rubens Matoso está
presidindo o caso.
Sobre a morte de Renê, ainda não se
tem informações precisas que levem a uma linha de investigação, Renê estava com
amigos no domingo, com quem costumava beber, depois desapareceu.
Felype Adms
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