Corpo de Jéssica Miranda Flores, de 22 anos, foi
encontrado dentro de imóvel em construção em Piracicaba. Polícia diz que
investigação continua.
Jovem achada 'concretada' na parede lutava contra as drogas, afirma mãe (Foto: Reprodução/Facebook) |
Após sete meses, as investigações
sobre a morte da jovem Jéssica Miranda Fortes, de 22 anos, ainda não foram
concluídas pela Polícia Civil de Piracicaba (SP). O corpo da garota foi encontrado
"concretado” na parede de um imóvel em construção no dia 23 de setembro de
2016. Ao G1, Cleusa Rosa Miranda, mãe da vítima, disse que
pede a punição dos culpados. "Ainda choro muito de saudade", afirmou.
“Espero que
descubram isso (os responsáveis pela morte de Jéssica). As pessoas que fizeram
isso não podem ficar impunes, porque tiraram a vida de uma pessoa e deixaram a
gente tão triste. É muito ruim perder uma filha. E aí o criminoso fica
tranquilo e solto por aí?”, desabafa.
Jéssica foi
dada como desaparecida em 9 de setembro de 2016 e a família fez uma campanha na
cidade para encontrá-la. No entanto, 14 dias depois, o corpo dela foi
encontrado concretado em um imóvel em construção na Rua Mello Ayres, no bairro
Vila Cristina, cerca de quatro quadras da casa onde ela morava. Após exames no Instituto Médico Legal
( IML), a polícia comunicou a família que o cadáver era da jovem.
Local onde foi encontrado o corpo enterrado no concreto (Foto: Reprodução/Facebook) |
A mãe de Jéssica desconfia que os
policiais já sabem quem são os responsáveis pelo crime. “Eles falam que estão
investigando. Eu fui à delegacia esses dias e me disseram que o problema é que
eles não conseguiram provas ainda.”
Uma das pistas
que polícia trabalha na investigação, de acordo com Cleusa, é o testemunho de
uma mulher que viu Jéssica horas antes do desaparecimento. “Essa mulher diz que
naquele dia viu minha filha chorando dentro de um carro com um homem”, lembra.
No entanto, a
Polícia descartou a participação da pessoa no crime. “Eles falaram que é uma
pessoa trabalhadora, mas eu acho que ninguém conhece o coração de ninguém”,
argumenta Cleusa.
A diarista diz que Jéssica tinha envolvimento com drogas e chegou
a alertar a filha sobre os riscos que ela corria, e por isso,
acredita que os responsáveis pela morte de Jéssica sejam traficantes.
“Já chamaram
pessoas para prestar depoimento, mas não falam nada com medo de morrer. Algumas
pessoas que chamaram são do crime. Eles não abrem a boca com medo de morrer”,
diz.
Polícia Civil
Em nota enviada
ao G1, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) diz que o
caso segue sendo investigado por meio de inquérito policial. O comunicado ainda
afirma que testemunhas foram ouvidas e que a Polícia Civil de Piracicaba está
empenhada e que todos os esforços estão sendo feitos para esclarecer a autoria
do crime.
G1/Piracicaba e Região
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