Deputado Arthur Maia afirma que
“pedágio” deve ser menor do que o proposto pelo governo, e idade mínima para
aposentar será elevada progressivamente até chegar aos 65 anos
“Contorno de dificuldades”: Arthur Maia diz que alterações no
texto
original abriram caminho para aprovação da reforma
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O relator da reforma da Previdência (PEC 287/16), deputado Arthur
Oliveira Maia (PPS-BA), afirmou nesta terça-feira (11) que vai propor mudanças
na regra de transição em seu parecer a ser apresentado na próxima semana em
comissão especial da Câmara dos Deputados.
Ele participou de entrevista coletiva no Palácio do Planalto após
reunião com presidente da República, Michel Temer, com o presidente da Câmara,
Rodrigo Maia, e com líderes da base do governo.
Segundo o relator, a previsão é que não exista mais uma idade para que
as pessoas sejam enquadradas na regra de transição da aposentadoria – o texto
original do governo previa 45 anos para as mulheres e 50 para os homens.
Pedágio
Arthur Maia explicou ainda que o
“pedágio” exigido – tempo que o trabalhador terá de contribuir a mais para
solicitar o benefício – será menor do que os 50% propostos pelo Executivo.
Ele também adiantou que, segundo seu substitutivo, existirá uma idade
mínima progressiva para aposentadoria a partir da promulgação da PEC, que
subirá até atingir 65 anos.
“Haverá uma idade mínima no momento da promulgação da PEC,
independentemente da idade de cada um, e haverá um ‘pedágio’, que será menor
que 50% e se estenderá até os 30 anos de idade para homens e mulheres. Esses
dois pontos representam os dois alicerces básicos da mudança que será feita”,
explicou.
Apoio da base
Arthur Maia afirmou que os líderes da
base aliada se comprometeram a encaminhar o voto favorável ao texto da reforma
da Previdência, após as alterações propostas.
“Saio com a comunicação de que todos os líderes que estiveram presentes
na reunião nos autorizaram a dizer que, diante das alterações que foram
sinalizadas, eles encaminharão nas suas bancadas, a favor da aprovação do nosso
relatório”, informou.
O relator disse que as alterações vão permitir que o governo aprove a
reforma no Plenário da Câmara. “O texto reflete a necessidade da reforma e
reflete o contorno de dificuldades que existiam em relação ao original.”
Congresso em Foco
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