Além dele, foi presa Lucyana Brito de Jesus. O crime está sendo
investigado pela delegada Raíssa Beleboni, do Departamento de Homicídios da
Polícia Civil, em Marabá -Pará
O soldado
da Polícia Militar Harley Pereira Modesto foi autuado em flagrante pelo
homicídio de João Gonçalves da Silva, 20 anos, ocorrido no início da tarde
de ontem, quarta-feira (19), em Marabá. Além dele, foi presa Lucyana Brito
de Jesus. A delegada que investiga o crime, Raíssa Beleboni, do
Departamento de Homicídios da Polícia Civil, falou sobre o caso na
manhã desta quinta (20), mas sem citar os nomes das duas pessoas presas,
que serão encaminhadas para a audiência de custódia ainda hoje.
João Gonçalves foi morto no início da tarde de terça-feira |
De acordo com ela, uma terceira pessoa, conhecida como “P”,
também já foi identificada por participação no crime e é apontada como a
responsável pelos cinco disparos de arma de fogo que tiraram a vida da
vítima. No local de crime, diz, “P” passou pelo local em que João e
a companheira estavam levando uma mulher na garupa. A suspeita teria
visualizado a vítima em uma parada de ônibus, em frente ao Bairro Nossa
Senhora Aparecida. Em seguida, “P” passou novamente no local, mas desta
vez na garupa e efetuando os disparos.
Outro
homem pilotava a motocicleta. A partir de relato de testemunhas, explicou a
delegada, as duas pessoas foram presas. “As identificações não serão
divulgadas pela Polícia Civil até o término da investigação policial
quando serão individualizadas as condutas de cada uma e demonstrado de
maneira segura se houve ou não a participação de todos na
prática criminosa”.
Em
relação à “P”, acrescentou, as polícias realizaram diligências ainda no dia do
crime, mas ele não foi localizado. A Polícia Civil diz que ainda não foi
possível determinar a ligação entre os suspeitos e as vítimas e nem
comprovar a motivação do crime, mas ficou claro que havia
um desentendimento entre a mulher presa e a companheira de João.
“Houve um desentendimento entre as duas mulheres. Vamos seguir a
investigação para tentar determinar a motivação do crime”.
Em
depoimento, tanto o policial militar quanto Lucyane negam envolvimento no
crime. “Ela confirma que passou pelo local e apontou para a menina que
estava sentada, mas nega intenção ou envolvimento no homicídio”. As
prisões foram comunicadas nesta manhã para o Poder Judiciário. As
testemunhas, destaca, realizaram o auto de reconhecimento de ambos. João
Gonçalves cumpria pena em regime aberto em decorrência de uma condenação por roubo.
Caso
as prisões em flagrante sejam mantidas durante a audiência de custódia, o prazo
para conclusão de inquérito é de 10 dias, se não a Polícia Civil tem até
30 dias para encerrar a investigação. Procurado, o advogado da Associação
dos Cabos e Soldados da Polícia Militar em Marabá, Odilon Vieira Neto,
informou que irá se pronunciar ainda nesta quinta ao término da audiência
de custódia. O tenente-coronel Eudes Favacho, comandante do 4° Batalhão
de Polícia Militar, onde o soldado está lotado, declarou que não vai
comentar o caso.
Zé Dudu
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