Segundo a Polícia Nacional, imóvel avaliado em US$
250 mil foi usado pelo grupo para planejar o roubo milionário; 14 suspeitos
foram presos.
As investigações
sobre o assalto milionário a uma transportadora de
valores em Ciudad del Este, no Paraguai, na madrugada de segunda-feira (24),
levaram a Polícia Nacional até uma casa supostamente usada pela quadrilha. O
imóvel avaliado em US$ 250 mil fica a cerca de 5 quilômetros da empresa
assaltada.
Os policiais
acreditam que a mansão foi usada pelo grupo durante o planejamento do
mega-assalto. Peritos estiveram no local para coletar materiais genético e
impressões digitais que possam ajudar na identificação dos suspeitos.
“O que a gente
sabe é que eles atuaram divididos em vários grupos, com cada grupo tendo uma
tarefa específica, queimando veículos, trancando saída e entradas e atirando, e
um que atacou diretamente a transportadora”, comentou o diretor de comunicação
da Polícia Nacional, Augusto Lima.
Segundo a
Polícia Federal, que trabalha em conjunto com o Paraguai na investigação do
caso, outras casas do lado brasileiro da fronteira também podem ter sido usadas
pelo grupo.
As buscas
continuam no Paraguai e no Brasil. De acordo com o último balanço divulgado
pela PF, 14 suspeitos foram presos e três mortos em confronto com a polícia. Um
vídeo gravado por moradores mostra a troca de tiros entre suspeitos e policiais.
Foram
recuperados ainda o equivalente a R$ 4,8 milhões em cédulas de real, guarani e
dólar.
Balanço
até o momento
·
14 presos
·
3 mortos
·
7 fuzis
·
1 pistola
·
2 coletes
balísticos
·
R$ 219.450,00
·
G$
733.640.000,00
·
US$
1.275.030,00
·
2 embarcações
·
7 quilos de
explosivos
Líder
Autoridades do
estado de São Paulo informaram que o crime foi planejado por Rogério Jeremias
de Simone, o Gegê do Mangue. Ele está foragido desde o início de 2016 depois de
receber liberdade provisória em um dos processos a que responde na Justiça.
Depois disso ele foi novamente condenado. Segundo a polícia, Gegê fugiu para o
Paraguai para reunir a quadrilha e comandar a ação.
Organização criminosa
O ministro do
Interior do Paraguai, Lorenzo Lezcano, acredita que as primeiras evidências e a
metodologia do mega-assalto à empresa Prosegur, em Ciudad del Este, podem ser
atribuídas ao Primeiro Comando da Capital (PCC). A declaração foi dada ao
jornal ABC Color, na segunda.
“Tudo aponta
que são integrantes do PCC", disse ele em entrevista. De acordo com o
veículo, é a primeira autoridade que atribui o feito à facção criminosa do
Brasil.
Lezcano
assegurou também que os brasileiros tiveram apoio dos paraguaios, com um
arsenal que superou a capacidade de resposta da Polícia Nacional. Ele ainda
afirmou ao jornal que é a primeira vez que ocorre uma situação do tipo na
região e citou pelo menos dois casos parecidos no Brasil em que a polícia
também foi encurralada.
O assalto
Segundo a
Polícia Nacional do Paraguai, os ladrões fortemente armados invadiram a sede da
transportadora de valores Prosegur. Eles explodiram a entrada da empresa e
trocaram tiros com vigilantes. A ação durou aproximadamente três horas e eles
fugiram com dinheiro.
Um policial
paraguaio que estava em um carro em frente à empresa foi morto pelos bandidos.
A sede da
empresa fica a 4 quilômetros da Ponte Internacional da Amizade, no oeste do
Paraná.
E, nesta quarta
(26), os funcionários da Prosegur voltaram ao trabalho. O
local estava interditado por causa dos estragos causados pelas explosões
durante o roubo. As aulas, que estavam suspensas desde segunda, também foram
retomadas.
O que diz a empresa
"Sobre o
ataque sofrido na base de Ciudad del Este, Paraguai,
A empresa
informa que:
A Prosegur está
colaborando com as autoridades para avançar no esclarecimento dos fatos
ocorridos na madrugada da última segunda-feira, 24 de abril. O valor subtraído
da base de Ciudad del Este ainda está sendo calculado.
A ação da
equipe da Prosegur, alinhada ao aparato de segurança instalados nas bases de
processamento e gestão de numerário da companhia, permitiram suportar um ataque
por mais de duas horas e limitaram a ação dos assaltantes.
O ataque não
interferiu na prestação de serviço da Prosegur. A companhia completou 100% de
seus serviços, apesar das circunstâncias excepcionais que se viveu ontem em
Ciudad del Este.
A colaboração
com a Polícia é total para prevenir e atuar contra estes assaltos. A companhia
seguirá trabalhando nesta linha para oferecer as maiores garantias de segurança
tanto para seus clientes, como para seus empregados."
G1/Oeste e Sudoeste
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