Guilherme Longo estava foragido da Justiça desde o
ano passado. Criança de 3 anos foi encontrada morta em rio depois de
desaparecer de casa em Ribeirão Preto (SP) em 2013.
Padrasto do menino Joaquim Ponte Marques, Guilherme Raymo Longo foi preso na Espanha (Foto: Reprodução/EPTV) |
O padrasto do menino Joaquim,
Guilherme Longo, acusado de matar a criança em 2013, foi preso em Barcelona, na
Espanha, nesta quinta-feira (27), pela Polícia Internacional (Interpol).
Segundo o promotor de Justiça Marcus Túlio Nicolino, a prisão foi realizada por
volta das 6h.
Joaquim Ponte
Marques, de 3 anos, foi encontrado morto no Rio Pardo, em Barretos (SP), em
novembro de 2013, depois de desaparecer de sua casa em Ribeirão Preto (SP).
Acusado pela
morte, o padrasto do menino estava foragido desde
setembro de 2016, sete meses após conseguir um habeas corpus e
deixar a penitenciária 2 de Tremembé (SP).
O advogado de
defesa de Guilherme Longo, Antônio Carlos de Oliveira, disse que soube, por
meio da família do acusado, que ele foi preso na Espanha e deve chegar ao
Brasil em dois dias. Segundo ele, Longo será encaminhado diretamente para
Tremembé (SP), onde já esteve preso, sem passar por Ribeirão Preto.
Ele nega ter
mantido contato com Longo desde o ano passado e diz desconhecer como o acusado
viajou para a Europa. "As circunstâncias da prisão, como ele deixou o
Brasil e entrou na Espanha, eu não tenho essa informação", disse.
O menino Joaquim Ponte Marques foi encontrado morto cinco dias após desaparecer da casa onde morava em Ribeirão Preto (Foto: Reprodução) |
O menino Joaquim Ponte Marques foi encontrado morto após desaparecer da casa onde morava em Ribeirão Preto (Foto: Reprodução) |
O
caso
O corpo de
Joaquim foi encontrado no Rio Pardo, em Barretos (SP), em
novembro de 2013, cinco dias após o menino desaparecer da casa onde morava com
a mãe, o padrasto e o irmão, no Jardim Independência, em Ribeirão.
A Polícia Civil concluiu que o padrasto matou o menino, que sofria
de diabetes, com uma alta dose de insulina, e jogou o corpo em um córrego
próximo à residência da família. Longo foi indiciado por homicídio triplamente
qualificado.
Um laudo do Instituto Médico Legal (IML) emitido
na época da morte do garoto apontou ausência de água no organismo, o que
descartaria a suspeita de afogamento, mas não identificou outras substâncias.
Pai de Joaquim chegou a investir R$ 2 mil em anúncio no Facebook para encontrar o suposto assassino do menino (Foto: Reprodução/Facebook) |
Em liberdade, a
mãe do menino, Natália Ponte,
é acusada de ter sido omissa em relação à segurança do filho, por saber que
Longo era agressivo e havia voltado a usar drogas na época da morte do garoto.
Preso em
Tremembé (SP) desde janeiro de 2014, Longo obteve um habeas corpus da 1ª Câmara
Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), que considerou excessivo
o prazo do processo.
A liberdade
provisória, no entanto, estava sujeita a obrigações, como o comparecimento à
Justiça periodicamente, e a proibições, como deixar a cidade. Ele também
deveria ter permanecido em recolhimento domiciliar no período noturno e nos
dias de folga de trabalho.
Todas as
testemunhas do caso já foram ouvidas pela Justiça, que deve definir se o caso
vai a júri popular.
Durante o tempo
em que Longo esteve foragido, o promotor de eventos Arthur Paes, pai da
criança, espalhou outdoors para
tentar localizar o acusado.
Guilherme Raymo Longo e Natália Mignone Ponte: padrasto e mãe do menino Joaquim Ponte Marques, são acusados do crime (Foto: Reprodução/EPTV) |
O menino Joaquim Ponte Marques foi encontrado morto após desaparecer da casa onde morava em Ribeirão Preto (Foto: Reprodução) |
G1/Ribeirão e Franca
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