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quarta-feira, 26 de abril de 2017

PF investiga esquema bilionário no Pará

PF investiga esquema bilionário no Pará  (Foto: Reprodução)
A PF levantou que, em uma das operações, a transação chegou a R$ 65 milhões. (Foto: Reprodução)
A Polícia Federal deflagrou nesta quarta (26) a Operação Perfídia. O alvo é um grupo supostamente especializado em lavagem de dinheiro, blindagem patrimonial e evasão de divisas, com ramificações em pelo menos cinco países. No Brasil, o estado do Pará também é alvo das investigações.

A suspeita é de que possíveis integrantes da organização "realizavam operações de câmbio não autorizadas, além de dissimularem a aquisição de imóveis de alto valor e promover a evasão de divisas".


Para isso, eles se utilizavam de "laranjas" e falsificavam documentos públicos, especialmente certidões de nascimento emitidas em cartórios no interior do Brasil.

Em nota, a PF afirma que os integrantes centrais desse grupo eram empresários donos de postos de gasolina, agências de turismo e lotéricas. Eles lavavam dinheiro por meio da compra fraudulenta de imóveis e de ativos.

A PF levantou que, em uma das operações, a transação chegou a R$ 65 milhões.

A organização criminosa contava ainda com o apoio de advogados, contadores, serventuários de cartórios, empregados de concessionárias de serviços públicos e até de um servidor da Polícia Federal.

Em 2016, uma ação em endereços ligados aos principais investigados encontrou documentos que apontam para uma offshore. Essa empresa, controlada pela organização no exterior, pode ter realizado movimentações que excedem US$ 5 bilhões.

As investigações começaram, segundo a polícia, a partir de uma prisão em flagrante na imigração do Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília, em agosto do ano passado.

Estão sendo cumpridos 103 mandados em 12 Estados: no Distrito Federal, Bahia, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Goiás, Pará, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo e Tocantins.

São 53 mandados de busca e apreensão, 46 de condução coercitiva e dois de prisão temporária. Quem decretou as medidas foi o juiz Vallisney Oliveira, da 10ª Vara da Justiça Federal do Distrito Federal.

O nome Perfídia "é uma referência à traição e deslealdade dos integrantes do núcleo duro da organização criminosa com o país".





DOL/Folhapress

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