A
prisão foi ressaltada como necessária, pois, se solto, o agressor voltará à prática,
segundo a Justiça
Viaturas da Polícia Civil de São Paulo (Polícia Civil/Divulgação) |
Após ser detido novamente
no sábado, 2, suspeito de estuprar mais
uma mulher, o ajudante geral Diego Ferreira de Novais, de 27 anos, seguirá
preso em São Paulo.
A decisão foi dada neste domingo, 3, pela Justiça de
São Paulo, que converteu a prisão em flagrante para a preventiva – enquanto
durar o processo. O detento será encaminhado para o 2º Centro de Detenção
Provisória em Pinheiros, na zona oeste da capital.
O
juiz Rodrigo Marzola Colombini decretou a prisão preventiva de Novais
justificando que a manutenção da prisão como “imperiosa”. A prisão foi
ressaltada como necessária, pois, se solto, o agressor voltará à prática. “O
indiciado utiliza-se do mesmo modus operandi: aproxima-se das vítimas em
ônibus, encosta de forma libidinosa em mulheres, exibe o pênis e se masturba,
indicando, prima facie, algum desvio de personalidade, na medida em que procura
satisfazer seus instintos sexuais em público e mediante constrangimento da
vitima.”
O
juiz não instaurou incidente de insanidade mental, que havia sido solicitada
pela Polícia Civil, Promotoria de Justiça e Defensoria Pública. “Injustificável
a instauração de incidente neste momento processual (audiência de custódia),
que se restringe à análise da situação de fragrância e que acarretaria a
própria suspensão do inquérito já nesta fase inicial”. Embora sem data
determinada, está prevista uma avaliação para precisar se será necessário um
tratamento psiquiátrico de Novais.
“Trata-se
de crime sexual, que traz implícito comportamento repugnante, deplorável,
praticado contra mulher em transporte público coletivo”, diz o juiz na decisão,
que aceita parte da denúncia do delegado Rogério de Camargo Nader, do 78º DP
(Jardins).
“O
Estado-juiz não pode compactuar com esse tipo de conduta, que reiteradamente
vem sendo praticada pelo indiciado. Não se pode deixar de consignar que, não
obstante tenha sido beneficiado com recente relaxamento de prisão em flagrante
em caso similar, isto não foi empecilho para constranger outra vítima para
satisfazer sua lascívia, demonstrando personalidade destemperada e nenhum
respeito pelas vítimas. Conceder-se a liberdade provisória ao indiciado nesse
momento seria temerário”, diz a decisão.
Segundo
o Ministério Público de São Paulo, uma testemunha afirmou que Novais chegou a
usar força física para evitar que a vítima estuprada no sábado conseguisse se
desvencilhar dele no momento do ataque. Novais teria encostado o pênis no corpo
da mulher, o que é caracterizado como estupro pelo Código Penal. A promotoria
pediu para Secretaria de Administração Penitenciária que tomasse medidas para
garantir a segurança e integridade física de Novais.
Exame
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