Crimes ocorreram nesta sexta-feira (7), na Unidade
Prisional do Puraquequara. Razões das mortes não foram esclarecidas.
Familiares fizeram orações em frente ao presídio, na tarde
desta sexta-feira
(7), UPP, rebelião, morte, presídio (Foto: Patrick Marques/G1
AM)
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A Secretaria de
Estado de Administração Penitenciária (Seap) confirmou que, ao todo, seis
detentos foram mortos dentro da Unidade Prisional do Puraquequara (UPP), em
Manaus, nesta sexta-feira (7). Equipes de grupos especiais da Polícia Militar
estão no local para reforçar a segurança. Veja lista de presos
assassinados.
2.
Leonardo
Almeida de Souza, da galeria 1, cela 6;
3.
Marcos Henrique
Neves de Lima, da galeria 2, cela 6;
4.
Tiago de
Araújo, da galeria 3, cela 3;
5.
Felipe Xavier
Oliveira, da galeria 3, cela 3;
6.
Felipe
Gonçalves Marques, da galeria 3, cela 5.
A razão dos
crimes ainda não foi esclarecida. A Seap informou apenas que, das vítimas, uma
foi enforcada e, a outra, decapitada.
A Seap
informou, por meio de nota, que não houve motim ou rebelião na unidade,
"tendo em vista que os internos não apresentaram oposição às forças
policiais, reivindicações e nem danos ao patrimônio público".
A Polícia
Militar do Amazonas (PMAM) está no local realizando procedimento de contagem de
internos. A ação está sendo acompanhada pela Secretaria de Segurança Pública do
Amazonas (SSP-AM).
Policiais civis
também estão na UPP, realizando as oitivas dos detentos que residem nas celas onde
ocorreram os crimes. Peritos do Instituto de Criminalística (IC) realizam a
perícia técnica na unidade prisional.
Do lado de fora
da unidade, familiares chegaram a fazer uma roda de orações para pedir pela
vida dos detentos. "Meu filho está preso aí por ter assaltado. Nesse
momento, eu fico desesperada como mãe aqui fora esperando uma resposta do que
aconteceu", disse a mãe de um detento da unidade prisional, que não quis
ter o nome divulgado na reportagem.
A unidade fica
localizada no km 2 do Ramal da Bela Vista, em Manaus. A UPP abriga presos
provisórios desde 2002 e tem capacidade para 626 internos. Entretanto, 1.286
estão alojados no presídio, segundo a Seap.
Rebeliões e mortes
A UPP é uma das
unidades onde ocorreram mortes de presos no começo do ano no Amazonas. Quatro foram assassinados no local. Ao todo, 65
presidiários morreram em unidades na capital e 225 fugiram.
A matança nas
cadeias teve início no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) na tarde do
dia 1º de janeiro e, conforme a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas
(SSP-AM), houve uma briga entre facções. O caso é considerado o "maior
massacre" do sistema prisional do Amazonas. 65 foram mortos.
Após os crimes,
a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), transferiu,
emergencialmente, 284 presos para a então desativada Cadeia Pública Raimundo
Vidal Pessoa, no Centro de Manaus. Os presos transferidos também se rebelaram e
quatro foram mortos no local.
G1/AM
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